Indígenas protestaram pela saída da atual coordenadora Maria Inês de Freitas no dia 12 de novembro. O grupo teve à frente o Cacique Luiz Salvador, da TI Rio dos Índios, que esclareceu que a exigência se dá pelo atraso no cumprimento das demandas dos povos na demarcação de terras.
Luiz Explicou também que a gestora foi posta no cargo pelos povos indígenas do Sul e, dada a sua inércia, a maioria dos caciques decidiram permanecer protestando até que Maria seja retirada de suas funções.
Maria Inês declarou à Rádio Uirapuru a continuidade da sua gestão de um ano e seis meses de “trabalho intenso com muitos processos a serem analisados”, mas sem qualquer concretização das demandas. Disse que Luiz Salvador estaria “equivocado” ao dizer que fala por diversas lideranças para manter o protesto, ressaltando que as lideranças devem unir-se para não “enfraquecer” o movimento indígena.
Indígenas pressionam por demarcações
Dentro dessa mesma situação, 12 famílias indígenas, num total de 55 pessoas, ocupam desde o dia 11 de novembro no município, um local do trecho da BR-285 próximo ao IFSUL.
Em entrevista à Planalto News, o Cacique Dorvalino Joaquim afirmou que a comunidade estava construindo moradias para pressionar a demarcação de terras tradicionais Kaingangs, pois segundo o mesmo: “[…] O processo em si tá muito demorado né, então nós estamos aqui pra que o governo assuma nós de verdade né, como um povo que luta por um pedaço de terra […]”.
Dorvalino termina por afirmar a repórter: “Agora se nós ficar só trabalhando também nem fazer pressão pro governo não vai acontecer nada né, essa é a nossa visão. Porque o governo, ele sabe que tem uma dívida milenar com os povos indígenas, só que eles não olham pra isso né. Se o governo mostrar uma boa vontade política as coisa anda, só que ninguém quer fazer isso, entra governo sai governo, a situação continua muito precária”.