RS: Mais de 100 famílias são despejadas de ocupação em Porto Alegre

Mais de cem famílias foram despejadas após a Brigada Militar (BM) invadir um prédio ocupado no centro histórico de Porto Alegre.
Policiais militares invadiram com truculência ocupação por moradia. Foto: Reprodução

RS: Mais de 100 famílias são despejadas de ocupação em Porto Alegre

Mais de cem famílias foram despejadas após a Brigada Militar (BM) invadir um prédio ocupado no centro histórico de Porto Alegre.

Mais de cem famílias foram despejadas após a Brigada Militar (BM) invadir um prédio ocupado no centro histórico de Porto Alegre. Todas as pessoas envolvidas na ocupação foram detidas pela Brigada Militar e um dos coordenadores da ocupação foi preso. O despejo ocorre em meio a crise causada pelas enchentes no estado, que ainda deixam centenas de milhares de desabrigados.

As famílias organizadas fundaram a ocupação Sarah Domingues na madrugada do mesmo dia 16 de junho, em um prédio da prefeitura que estava abandonado há mais de 10 anos. Por volta do meio-dia, mais de duas dezenas de policiais militares do batalhão de choque, armados com fuzis e escopetas, invadiram o prédio e despejaram as famílias, levando todos detidos e prendendo um dos coordenadores do movimento. Massas que passavam pelo local foram impedidas de se aproximarem e filmarem a ação policial no prédio, sendo empurradas para longe da ocupação por policiais militares.

A extrema militarização no Rio Grande do Sul é fruto da agudização da campanha reacionária do velho Estado contra a luta pela moradia e pela terra, campanha que também se manifesta pela aprovação da PL 154/2023, que exclui ‘envolvidos em invasões de propriedade’ de benefícios sociais e cargos públicos. A situação é clara para todos, o governo não tem interesse algum em auxiliar a população na restituição de tudo o que foi perdido e na normalização da vida no estado, mas sim, em utilizar da enchente para ampliar a militarização das forças de repressão, retirar direitos do povo e aprofundar a ofensiva da grande burguesia contra o povo, principalmente do latifúndio no campo e da especulação imobiliária nas cidades.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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