RS: Moradores protestam contra falta de energia elétrica e danos do temporal 

Protestos ocorreram em diversos pontos do RS contra os efeitos catastróficos dos temporais. Os moradores denunciaram a culpa do Estado e das empresas de energia.
Em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, moradores do bairro Jardim Krahe trancaram uma avenida. Foto: Vilson Arruda

RS: Moradores protestam contra falta de energia elétrica e danos do temporal 

Protestos ocorreram em diversos pontos do RS contra os efeitos catastróficos dos temporais. Os moradores denunciaram a culpa do Estado e das empresas de energia.

Moradores de diversas regiões do Rio Grande do Sul protestaram no dia 17 de janeiro contra os efeitos catastróficos das fortes chuvas no estado, problema recorrente resultante do descaso do velho Estado e das empresas concessionárias de energia. As manifestações ocorreu após um temporal no dia 16 de janeiro deixar dois mortos, 4.840 desabrigados, 12 feridos e 1,2 milhão de pessoas sem energia elétrica no Rio Grande do Sul. O RS ainda tem três alertas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para perigo de uma nova tempestade hoje.

Em Viamão, região metropolitana do estado, trabalhadores realizaram um protesto combativo durante toda a tarde desta quarta-feira, 17/01. Os moradores da Avenida Jardim Lisboa, no bairro Jardim Krahe, trancaram uma rua e fizeram um protesto exigindo atendimento da concessionária CEEE a partir das 12h desta quarta-feira. Segundo os moradores, a empresa não apareceu na região e nem atende os chamados. No total, 39 cidades foram atingidas pelo temporal. Em uma delas, Cachoeirinha, um homem morreu atingido por uma marquise que cedeu pela força dos ventos. Outros 10 ficaram feridos na cidade.

Queda de marquise matou homem em Cachoeirinha. Foto: Yasmin Luz

Já em São Vicente do Sul, na região central do estado, o telhado do hospital da cidade foi arrancado com a ventania. Em função disso, seis pacientes tiveram que ser transferidos para outros hospitais e um deles morreu durante a transferência. A direção do hospital informou ser um idoso de 70 anos que passava por tratamento de câncer no local.

Na capital Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) informou que cinco estações de tratamento de água e 12 casas de bombas estão comprometidas. Caso não haja restabelecimento da energia elétrica e os reservatórios esvaziem, cerca de 1 milhão de pessoas podem ficar sem água na cidade nos próximos dias. Na capital, um protesto foi registrado na avenida A. J. Renner, no bairro Humaitá. Moradores do condomínio Pôr do Sol fecharam uma avenida contra o descaso da CEEE e a falta de luz, que já dura mais de 24 horas.

Por todo o estado, as massas culpabilizam o governo federal, estadual e as respectivas prefeituras e concessionárias de energia e água que atuam nas regiões pelo descaso e omissão frente aos estragos do temporal. No ano passado, mais de 70 pessoas morreram em eventos climáticos de grande proporção como este. Frente à morosidade e às migalhas oferecidas pelo velho Estado de grandes burgueses e latifundiários, o povo adota formas cada vez mais combativas de exigir seus direitos.

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