No dia 18 de fevereiro, familiares do trabalhador Vladimir Abreu, que foi sequestrado, torturado e assassinado pela Brigada Militar, protestaram em frente ao condomínio popular Princesa Isabel cobrando justiça e a prisão de todos os envolvidos.

Os familiares se reuniram em frente ao condomínio, erguendo faixas que cobravam justiça pelo morador assassinado, ganhando ampla simpatia dos motoristas que passavam e demonstravam seu apoio. Os familiares afirmam que a manifestação serve para cobrar a prisão de todos os envolvidos no assasinato de Vladimir. Dois dos policiais envolvidos foram, supostamente, presos, mas outros três que estavam comprovadamente envolvidos na morte seguem livres. A família e a comunidade afirmam que vão lutar até o final pela condenação e prisão de todos os cinco envolvidos para que, “eles fiquem presos, e não amanhã ou depois estejam na rua para fazerem mais vítimas.”

Relembre o caso

O trabalhador Vladimir Abreu foi sequestrado na porta do condomínio popular onde morava. De acordo com informações divulgadas pelos monopólios de imprensa, os policiais teriam levado Vladimir para a ponte do Guaíba, torturado Vladimir até a morte e depois arremessado o corpo no rio. Ele foi achado dois dias depois e classificado como “vítima da enchente”.

Apenas com uma mobilização de mais de um mês, que incluiu o incêndio de dois ônibus seguido do enfrentamento de Polícia Militar pela comunidade do condomínio que os brigadianos foram presos, demonstrando a necessidade de se aplicar a única luta eficaz contra as forças policiais anti-povo: a mobilização organizada para se defender e revidar contra qualquer ataque partindo do velho Estado.