RS: Pedro Almeida tenta reeleição com histórico de negligência à moradia em Passo Fundo

Pedro Almeida tenta reeleição pela farsa eleitoral, com histórico de repressão às famílias de ocupações urbanas e afagos às imobiliárias e construtoras privadas.
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RS: Pedro Almeida tenta reeleição com histórico de negligência à moradia em Passo Fundo

Pedro Almeida tenta reeleição pela farsa eleitoral, com histórico de repressão às famílias de ocupações urbanas e afagos às imobiliárias e construtoras privadas.

Pedro Almeida (PSD) atual prefeito de Passo Fundo candidatou-se à reeleição pela farsa eleitoral de 2024. Apadrinhado político de Luciano Azevedo (PSD) e do reacionário Eduardo Leite (PSDB), a gestão de Pedro carrega o legado de violência às ocupações urbanas.

O CONFLITO FUNDIÁRIO EM PASSO FUNDO

Segundo matéria do portal Sul 21, em 2017 o município já concentrava o maior conflito fundiário do Estado do Rio Grande do Sul. Eram cerca de 50 ocupações, estimado entre 40 a 50 mil pessoas, um quinto da população, a prefeitura era comandada por Luciano Azevedo, os moradores não recebiam qualquer tipo de auxílio, o poder municipal era inexistente a não ser quando ocorriam os despejos, os programas de habitação eram lentos e na prática poucos conseguiam uma moradia digna.

A advogada Fernanda Pegorini, da Ocupação Pinheiro à época, afirmou que a prefeitura tolerava as ocupações pois assim “[…] é mais interessante para ela (prefeitura) que as pessoas fiquem assim como estão e ela não se preocupe nem com políticas públicas habitacionais nem com a regularização fundiária”. Uma das principais lideranças das ocupações, Teresa Duarte, denunciou Luciano Azevedo como inimigo das famílias, já que este havia afirmado “Eu não vou apoiar as ocupações”.

GESTÃO ATUAL LEVA ADIANTE LEGADO ANTI-POPULAR

Tal situação do conflito fundiário e agressão às ocupações persiste na gestão atual. De 2017 a 2024, o número de ocupações dobrou, indo de 50 a 100, com mais episódios de repressão por parte do poder municipal.

Em 6 de agosto de 2024, a prefeitura tentou despejar as famílias da Ocupação Princesa Isabel, chamou as tropas do Choque da Brigada Militar (BM) para intimidar os moradores, que não demonstraram resistência. A ocupação continua intacta até o presente momento, sem qualquer informação de cadastramento ou regularização.

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Segundo o monopólio de imprensa GZH, o plano de governo de Pedro Almeida, faz uma única menção à questão da habitação, falando em “aumentar” o número de moradias dignas e fazer investimentos nessa área. Esse plano não corresponde de modo algum com a realidade: a gestão deu vazão às imobiliárias e construtoras privadas, casas que mal cabem uma família valendo R$ 1.000.000,00 e condomínios fechados. Nem ele ou qualquer outro candidato é realmente comprometido de solucionar essa questão essencial à maioria esmagadora do povo, só comprometem-se em fazer parte do circo da farsa eleitoral, para iludir por um lado e reprimir o povo de outro.

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