RS: Povo de Pelotas se mobiliza em ações de solidariedade popular após chuvas

Solidariedade ativa tem sido registrada por todo RS após consequências da negligência do governo reacionário.
Movimentos populares organizam cozinha solidária no RS. Foto: Reprodução

RS: Povo de Pelotas se mobiliza em ações de solidariedade popular após chuvas

Solidariedade ativa tem sido registrada por todo RS após consequências da negligência do governo reacionário.

Em Pelotas, desde o início do mês, em meio as cheias na cidade e em todo o estado, inúmeras pessoas, organizações populares e movimentos sociais têm se mobilizado em ações de ajuda mútua, com objetivo de auxiliar as centenas de famílias que ficaram desabrigadas. Essa atitude faz-se de estrema importância em meio as proporções do desastre que afeta a região, de acordo com dados do governo gaúcho, já são mais de 500 mil pessoas desabrigadas em todo RS, sendo 720 em abrigos municipais de Pelotas. Soma-se a isso, o descaso do velho Estado em todos as esferas da federação, que antecede a própria tragédia com o desmonte dos órgãos de prevenção, da legislação ambiental e agora falha na ajuda das populações atingidas, forçando o povo a resolver seus problemas por conta própria. 

Em meio a isso, em todo estado do Rio Grande do Sul e no resto Brasil, milhares de pessoas tomaram iniciativa e se mobilizaram para ajudar as pessoas afetadas, através do envio de toneladas de alimentos e apoio financeiro. Para além de ações independentes, destacam-se também o apoio de organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que mesmo sofrendo com ataques e fake news de grupos bolsonaristas ligados ao latifúndio gaúcho continuam suas ações. Essas resultaram na criação de inúmeras cozinhas coletivas, tanto na capital como no interior do estado, destinadas para distribuição de marmitas feitas a partir de alimentos vindos da agricultura familiar e de doações. 

Em Pelotas, movimentos sociais, sindicatos e a comunidade se uniram através do grupo “Solidariedade Pelotas”, que divulga suas ações através do seu perfil no Instagram, para realizar a distribuição de marmitas e a criação de abrigos comunitário para aqueles deslocados pelas cheias. Dentre esses grupos estão o Armazém do Campo, o Sindicato de Alimentos de Pelotas, ambos ligados à agricultura familiar e pequenos produtores da região. De acordo com uma voluntária do Armazém, em média são feitas 230 marmitas por refeição, ou seja, 230 para o almoço e 230 para o jantar. 

Sobre a importância da atividade, a mesma declarou em entrevista para o jornal AND: “A cozinha é uma resposta à fome, à necessidade. Qual a necessidade que nós temos nesse momento? Acolher essas pessoas […] falar qual o papel dos movimentos campesinos […] As cozinhas comunitárias são uma resposta para dizer qual tipo de agricultura que a gente defende, qual agricultura que traz alimentação para nossa mesa, não se trata de uma exaltação, mas de uma reafirmação que a agricultura familiar, da reforma agrária, vem trazendo, nesse momento de crise, alimentação para às pessoas mais atingidas…” 

Imagem postada pelo Armazém do Campo via Instagram.

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