RS: Prefeito de Porto Alegre afirma que defender a ditadura militar é liberdade de expressão

Sebastião Melo defendeu que “quando um parlamentar ou qualquer do povo diga 'eu defendo a ditadura', ele não pode ser processado por isso, porque isto é liberdade de expressão”.
Foto: reprodução/Johan de Carvalho(CMPA)

RS: Prefeito de Porto Alegre afirma que defender a ditadura militar é liberdade de expressão

Sebastião Melo defendeu que “quando um parlamentar ou qualquer do povo diga 'eu defendo a ditadura', ele não pode ser processado por isso, porque isto é liberdade de expressão”.

Durante seu discurso na cerimônia de posse, o prefeito reacionário de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB), defendeu que quando um parlamentar ou qualquer do povo diga ‘eu defendo a ditadura’, ele não pode ser processado por isso, porque isto é liberdade de expressão”. O episódio ocorreu na última quinta-feira (2/1). A fala proferida ocorre após um ano conturbado por revelações das atividades golpistas, como o planejamento de golpe de estado orquestrado pelos “kids pretos” e a tentativa de atentado na praça dos três poderes

Melo continua em seu discurso: “Mas eu também quero que aquele que defende o comunismo, o socialismo, dizendo que não acredita na democracia liberal, ele não pode ser processado porque isto é liberdade de expressão. A liberdade de expressão é um valor maior”. A demagógica bandeira da “liberdade de expressão” defendida por Melo, cai por terra, afinal, foi durante seu governo em 2023 que a Assembleia Legislativa da capital criminalizou o direito de luta pela terra e pela moradia do povo, prevendo o fichamento e suspensão do direito a benefícios do estado para quem for identificado “invadindo propriedades”. Ao mesmo tempo, entidades vinculadas ao velho estado realizam uma PEC para a anistia dos galinhas verdes golpistas.

Maior exemplo da hipocrisia se escancarou quando Sebastião Melo mandou censurar o grafite que denunciava os escândalos das enchentes em seu governo em 2023.

A arte de Filipe Harp fazia parte da fachada do centro cultural Casaverso. Antes e depois da censura. Foto: reprodução/Casaverso

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: