No dia 6 de julho, moradores da cidade de Alegrete, na fronteira oeste do estado, protestaram contra a prefeitura da cidade, que veio tratando a situação das famílias atingidas pelas enchentes em Alegrete com extremo descaso. Os manifestantes bloquearam a avenida Tiaraju com cartazes que se liam “Retomada Imediata das Obras! O Povo na Luta” e “Basta de Alagamento e Descaso”.

Desde as chuvas de setembro de 2023, a demanda por obras públicas, principalmente nos bairros a leste do rio Ibirapuitã, que sempre são tomados pela água quando há cheia no rio. A necessidade de realizar a expansão da galeria de esgoto e a manutenção da atual, para impedir que a água se acumule na superfície e invada as casas, levou aos ao povo de Alegrete a organizar uma comissão de moradores para cobrar a prefeitura, que foi rápida em prometer que as obras seriam realizadas. Os moradores denunciam que, ao invés disso, a prefeitura abandonou as obras e por consequência muitas comunidades vêm sofrendo a cada vez que chove, trazendo enorme miséria as massas da cidade.

A cheia do rio Ibirapuitã, que corta Alegrete ao meio, trouxe enorme calamidade para o povo, em Alegrete, mais de 200 famílias foram obrigadas a deixarem suas casas para, no melhor dos casos, a casa de seus parentes, mas também em acampamentos e abrigos organizados pelas prefeituras, onde são sujeitados a condições insalubres e abusos constantes por parte de funcionários e Policiais Militares, como ocorreu em Porto Alegre em maio. Até o momento, as inundações deixaram 173 mortos e 38 desaparecidos em todo o estado.