Por volta das 18h do dia 26 de outubro, centenas de manifestantes solidários ao povo palestino reuniram-se no centro de Porto Alegre, em um protesto organizado pela Frente Gaúcha de Solidariedade ao Povo Palestino.
O tremular das bandeiras da Palestina e a convicção uníssona dos manifestantes demarcou fime resistência contra os crimes de guerra cometidos pelo Estado sionista de Israel, apadrinhado pelo Estados Unidos e diversas potências imperialistas europeias, contra o povo palestino, entre eles idosos, crianças e mulheres.
O ato foi preenchido de poderosas demonstrações anti-imperialistas e anti-sionistas. Em determinado momento da marcha, bandeiras do Estados Unidos e do Estado sionista de Israel foram incendiadas por manifestantes de rosto coberto. Enquanto isso, bandeiras da palestina foram empunhadas por outros manifestantes que denunciaram denunciaram a ocupação sionista e expuseram em cartazes os nomes e imagens dos criminosos responsáveis pela guerra e assassinato de milhares de crianças palestinas: o mandatário ianque Joseph Biden e seu lacaio israelense, Benjamin Netanyahu.
O ato ocorreu no âmbito do agravamento da agressão colonial de Israel, que já ceifou mais de 7 mil vidas palestinas e deixou feridas mais de 19 mil pessoas. O protesto se soma também à onda de fortalecimento da rede de solidariedade mundial à Palestina. Uma volumosa comunidade de imigrantes, de árabes a senegaleses, prestigiou o ato, onde expressaram livremente seu sentimento anti-imperialista, sua cultura e idioma próprios em faixas e bandeiras, além de uma convocarem uma oração no início do ato, na base dos círculos de interação solidária que se realizavam no local.
Marchando pela Avenida Borges de Medeiros, tradicional percurso de manifestação popular, e já sitiados por uma ostensiva presença da Brigada Militar, os manifestantes gaúchos fizeram-se porta-vozes da brava e heroica luta dos palestinianos contra o genocídio perpetrado por Israel, afirmando, enfaticamente, contra o monopólio de imprensa burguês, que “terrorista é o Estado de Israel!”. Uma das vozes que guiava o ato esclarecia a razão do manifesto em apoio à causa palestina: “É contra o Estado de Israel, que massacra mulheres e crianças, que destrói a nacionalidade palestina e que acaba com a autonomia dos povos e dos países empobrecidos, é por isso que, companheiros e companheiras, essa é a caminhada da Frente Gaúcha, em defesa e solidariedade ao povo palestino”, bradava.
Os manifestantes também criticaram a proximidade do Estado e governo brasileiro com Israel e exigiram a ruptura imediata das relações diplomáticas com Israel: “Devemos pedir o fim das relações do governo Lula com o Estado agressor de Israel, não adianta ter mudado o discurso, queremos medidas contra o genocídio”, exclamava uma voz, no entorno da Praça Quinze de Novembro, no megafone.
O percurso, que se iniciou no Largo Glênio Peres, a poucos metros do Mercado Público de Porto Alegre, se estendeu pelos pontos nevrálgicos do centro da capital, pelos quais há uma grande concentração de trabalhadores e dos quais não faltou apoio; muitos que, ao fim de seus expedientes, depararam-se com os manifestantes em passeata, fotografaram e gravaram os atos, por vezes em aceno e demonstração de apoio, além dos residentes dos prédios, que, do alto de suas sacadas, aclamavam os participantes.
O encerramento do ato ocorreu no Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa.