O Rio Grande do Sul se aprofunda cada vez mais na crise, em resposta, novas mobilizações ocorreram por toda a região metropolitana para exigir que o velho estado atenda as demandas mais básicas da população atingida pela enchente. No dia 12, ocorreu um protesto no centro de São Leopoldo, exigindo a retirada de entulhos que lotaram as ruas dos bairros periféricos e a realização de obras para impedir que a cheia do rio dos Sinos invadisse a cidade.
Um dia depois, pela manhã, protestos ocorreram na vila Farrapos, na zona norte de Porto Alegre, onde manifestantes bloquearam a avenida A.J. Renner com entulho e atearam fogo, reivindicando que a prefeitura removesse o entulho que forma montanhas pelo bairro, impedindo a circulação de pessoas e a reabertura do comércio local. Os moradores também clamaram por detetização no bairro, já que a enchente trouxe um aumento expressivo no número de ratos e outras pestes, que infestam as casas. À noite, moradores da vila Brás, em São Leopoldo, bloquearam a Avenida Mauá com a demanda de que fosse feita a retirada das enormes pilhas de entulho e lixo do bairro, levantando faixas que liam “Prefeitura! Nós também existimos, pela limpeza imediata das ruas!”
No dia 14, o terceiro dia consecutivo de protestos ocorreu, em São Leopoldo, moradores organizados pelo CASGAPE bloquearam novamente a avenida Mauá. No mesmo dia, a prefeitura iniciou os trabalhos de limpeza na vila Brás, região de onde vieram a maioria dos manifestantes, porém parou o trabalho pela metade, citando “preocupação com as chuvas”, que estão para cair no fim de semana, deixando para recolher o resto do entulho na segunda-feira, após a água espalhar o lixo e entupir os esgotos da comunidade, o que gerou revolta.