Na Rússia, milhares de pessoas marcharam pelas ruas de São Petersburgo e Moscou com retratos do camarada Stalin e da chefatura da Revolução Russa, o Grande Lenin, para celebrar o centenário da Grande Revolução Socialista de Outubro, no dia 7 de novembro.
O governo de Vladimir Putin foi obrigado a realizar uma parada militar pelo prestígio que o socialismo inspira ao povo russo. Putin, no entanto, tentou dar um tom nacionalista e soterrar o caráter socialista da celebração. O desfile foi, oficialmente, em memória da histórica parada militar de 1941, realizado por ordem do camarada Stalin em Moscou durante pleno cerco nazista, de onde muitos soldados soviéticos saíram imediatamente para a frente de batalha.
Ainda com essa manobra, Putin e sua camarilha não conseguiram tirar o socialismo da lembrança das massas populares russas.
Em declaração emitida maio de 2016, o V Encontro de Partidos e Organizações maoistas da América Latina chamou a atenção para estas manifestações nos países onde já houve socialismo e onde capitalismo foi restaurado, a que chamou de expressão da quarta contradição fundamental no mundo – entre socialismo e capitalismo – que existe nos planos histórico e ideológico.
“[Este clamor das massas por reconquistar o poder nos ex-países socialistas] se expressa quando os veteranos da URSS que combateram na II Guerra Mundial marcham com retratos do camarada Stalin, e quando os operários e os camponeses na China se levantam em nome do Presidente Mao”. “Todas estas lutas são parte do complexo processo de restauração e contrarrestauração. O socialismo se estabelecerá aí de todas as maneiras e será com guerra popular, para continuar com a construção do socialismo e a ditadura do proletariado”, posicionou-se.