No dia 28 de abril, o Departamento de Estado do Estados Unidos (USA) declarou seu aval ao projeto do Estado de Israel de anexação de parte do território palestino da Cisjordânia. O plano de expansão das fronteiras israelenses havia sido anunciado 8 dias antes e planeja ter início já em julho de 2020.
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A porta-voz do Departamento de Estado ianque, ao ser questionado se o USA permitiria que o novo governo de Israel avançasse no processo de expansão, afirmou que o imperialismo ianque está preparado para reconhecer as ações israelenses para estender a soberania israelense e a aplicação da lei israelense a áreas da Cisjordânia”.
Ela disse também que o apoio ianque se daria “no contexto do governo de Israel concordar em negociar com os palestinos de acordo com as linhas estabelecidas na visão do presidente Trump”, referindo-se ao fatídico “acordo do século”, uma cartilha proposta em janeiro pelo ultrarreacionário Donald Trump sobre a questão palestina.
O comunicado do USA veio apenas um dia depois do genocida Benjamin Netanyahu, atual primeiro-ministro israelense, afirmar que estava “confiante” de que o USA daria a Israel a aprovação dentro de dois meses para avançar com o projeto colonial de partilha da Palestina.
O plano prevê que a Área C Cisjordânia, onde estão as colônias israelenses construídas ilegalmente nas últimas décadas, seja subordinada à soberania israelense, totalizando a fração de um terço do território palestino.
Benjamin Netanyahu apresenta seu projeto de anexação da Cisjordânia em uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, setembro de 2019. Foto: ODed Balilty/Associated Press