Sargento sionista é morto durante operação de repressão contra aldeia na Palestina

Sargento sionista é morto durante operação de repressão contra aldeia na Palestina

Soldados israelenses durante operação na Cisjordânia ocupada. Foto: Majdi Mohammed/AP Photo

Durante uma invasão das Forças de Defesa de Israel (FDI) à aldeia de Yabad, na Cisjordânia, para caçar e prender jovens palestinos, um dos soldados genocidas foi morto após ser atingido por uma pedra na cabeça, atirada por um morador anônimo. Eles invadiram o local, próximo à cidade de Jenin, durante à noite, e desencadearam um confronto com os moradores. 

Em torno das 4 horas da madrugada, a unidade das Brigadas Golani prendeu quatro palestinos suspeitos de atirarem pedras em manifestações anteriores. Meia hora depois, quando muitos palestinos já estavam acordados por conta do Ramadã (mês de festividades religiosas para os muçulmanos), ocorreu o disparo da pedra contra as forças da ocupação sionista. 

Horas depois, o Exército voltou à aldeia para prender as pessoas que vivem na casa de onde supostamente foi atirada a pedra que matou o sargento Amit Ben Ygal. No entanto, as forças da ocupação encontraram resistência à operação e dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os moradores, como forma de punição coletiva. Relatou-se diversos casos de asfixia e de ferimentos entre os civis de Yabad. 

O primeiro-ministro ultrarreacionário de Israel, Benjamin Netanyahu, publicou uma ameaça pública em uma rede social, afirmando que Israel “acertaria as contas com ele”, referindo-se ao atirador da pedra.

Atirar pedras contra tropas e símbolos da ocupação israelense é uma forma que a Resistência palestina utiliza desde a Primeira Intifada, que teve início no final da década de 1980. Em 2015, a pena de prisão para palestinos que atirarem simples pedras foi aumentado para até 20 anos. 

GENOCÍDIO PALESTINO PROSSEGUE

Um dia depois da morte do sargento em Yabad, as FDI assassinaram um adolescente de 15 anos durante uma incursão militar no campo de refugiados de Al-Fawwar, em Hebron, no sul da Cisjordânia ocupada. 

De acordo com a agência de notícias Wafa, o Ministério da Saúde anunciou que Zaid Qaysia foi “morto por uma bala na cabeça disparada pelos soldados israelenses no campo de Al-Fawwar”. Além de Zaid, outros quatro palestinos foram alvejados durante o ataque das FDI, “um no abdômen e outro no peito, e o restante nos membros inferiores”. 

Quando as tropas da ocupação invadiram o campo, jovens palestinos iniciaram uma manifestação em protesto, ao que o Exército respondeu abrindo fogo com munição letal.

Abdelfattah Najjar, morador do campo de Al-Fawwar, disse à Al Jazeera que dezenas de soldados israelenses entraram no campo para prender um jovem morador. Ele conta que “Alguns soldados se posicionaram nos telhados das casas, e Zaid estava no telhado de sua casa, observando-os quando ele levou um tiro”.

Fontes locais relatam que milhares de palestinos participaram de seu funeral, em solidariedade, e que foram entoados cantos e palavras de ordem de protesto contra a ocupação israelense. 

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