SC: A reorganização do movimento estudantil classista e combativo em Florianópolis

Com uma proposta baseada na independência, classismo e combatividade; possuindo a prática como critério da verdade e, para a constituição de sua prática, a crítica e autocrítica, o Movimento busca construir a unidade de ação entre os estudantes e fazer avançar a tática da greve de ocupação no Movimento Estudantil da UFSC.
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SC: A reorganização do movimento estudantil classista e combativo em Florianópolis

Com uma proposta baseada na independência, classismo e combatividade; possuindo a prática como critério da verdade e, para a constituição de sua prática, a crítica e autocrítica, o Movimento busca construir a unidade de ação entre os estudantes e fazer avançar a tática da greve de ocupação no Movimento Estudantil da UFSC.

No final de setembro, o Movimento Estudantil Maruí publicou seus princípios, história e sua tática de atuação em sua página no Instagram, bem como o texto “O Que Te Impede de Lutar?” que aprofunda os princípios apresentados na postagem. 

Com o objetivo de radicalizar a luta estudantil na Universidade Federal de Santa Catarina, o Movimento Maruí surge a partir da reorganização da Rede Independente de Articulação – R.I.A, que atuou na vitoriosa ocupação do centro de convivência da UFSC em 2022, quando concederam uma entrevista para o jornal, e na greve geral de 2024, na qual se fizeram presentes em 3 das 4 ocupações do campus.

O nome do Movimento é baseado em um pequeno mosquito que habita os mangues espalhados pela Ilha de Santa Catarina, conhecido por sua picada dolorosa que se torna ainda mais perigosa caso o inseto aja em enxame, tornando a presença do Maruí nos manguezais impossível de ser ignorada. Tal era a atuação dos militantes que conformaram a Rede Independente de Articulação e posteriormente o Movimento Maruí. Estando dispersos e em menor número do que os imobilistas e oportunistas do Movimento Estudantil, a atuação dos militantes que formariam o Maruí ficou conhecida pela UFSC através da raiva que gerava nos representantes do DCE e demais organizações pelegas. Foi somente através da união desses estudantes, em um movimento coeso e que atua através de uma linha política justa, que a oposição aos movimentos imobilistas e oportunistas pôde ser levada a cabo.

Com uma proposta baseada na independência, classismo e combatividade; possuindo a prática como critério da verdade e, para a constituição de sua prática, a crítica e autocrítica, o Movimento busca construir a unidade de ação entre os estudantes e fazer avançar a tática da greve de ocupação no Movimento Estudantil da UFSC.

O Maruí defende o rompimento com instituições imobilistas e que aparelham a luta estudantil, particularmente a conciliatória União Nacional dos Estudantes, e considera que as pautas da Reforma Universitária Democratizante são os principais objetivos a serem atingidos pelos estudantes universitário – especialmente a pauta do co-governo estudantil nos Conselhos Universitários, sendo estes compostos por ⅓ de votos estudantis, ⅓ de técnicos administrativos e ⅓ de docentes.

Sobre as demais categorias universitárias, o Movimento afirma solidariedade e compromisso com a luta dos trabalhadores da universidade, sejam eles públicos ou terceirizados, uma vez que a luta estudantil impulsiona o protesto dessas categorias, as mais precarizadas das universidades, e que –  no caso dos terceirizados particularmente –  enfrentam demissões e perseguições ao protestarem ou realizarem greves.

Com relação à categoria de estudantes secundaristas, o Movimento ressaltou sua solidariedade na luta contra o Novo Ensino Médio, a militarização e privatização das escolas públicas, bem como outros ataques privatistas ao ensino básico brasileiro.

Outro ponto destacado na postagem é a defesa da Resistência Nacional Palestina, a luta anti-imperialista mais avançada de nossos dias, que compõe um dos eixos da defesa das lutas anti-imperialistas que ocorrem internacionalmente, outro princípio que o Movimento defende. Nacionalmente, como parte dessa luta, destaca sua solidariedade e apoio aos movimentos camponeses, demarcando sempre, para além de um combate aos reacionários, o rompimento com o oportunismo.

O Movimento se reestruturou a partir da Rede Independente de Articulação, por acreditarem ser necessário uma atuação condizente com as novas tarefas exigidas do Movimento Estudantil na instituição. Sendo as cores do movimento inspiradas na bandeira Palestina, a primeira ação do Movimento após sua conformação foi um vitorioso embandeiramento no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC, como mostra a foto abaixo: 

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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