SC: Comunidade escolar impede que Secretaria de Educação feche escolas do campo no oeste catarinense

Mobilizações de pais, professores e estudantes garantiram que o plano da Secretaria de Educação de fechar e reduzir horas das escolas não fosse implementado.
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SC: Comunidade escolar impede que Secretaria de Educação feche escolas do campo no oeste catarinense

Mobilizações de pais, professores e estudantes garantiram que o plano da Secretaria de Educação de fechar e reduzir horas das escolas não fosse implementado.

No dia 17 de novembro, a Secretaria de Educação de Santa Catarina anunciou o fechamento total da escola EEB Neli Ottoni Lange, localizada na Comunidade de Maratá, interior de São Domingos. E também a redução de 20 horas de atendimento das escolas EEM Paulo Freire, localizada no Assentamento Zé Maria, e EEM Semente da Conquista, no Assentamento 25 de Maio, ambas localizadas em Abelardo Luz. 

Em entrevista, o coordenador do SINTE Regional de Xanxerê, Mário Harres, comenta: “O plano da CRE/SED era fechar uma CRF na região, uma escola do campo em São Domingos e reduzir o horário de funcionamento de duas escolas em Abelardo Luz.” A SED tentou justificar o fechamento com o baixo número de estudantes e por questões econômicas. 

Após reuniões do SINTE com o MST, ACECAMPO e outros movimentos sociais, foi organizada no dia 2 de dezembro uma mobilização contra o fechamento e diminuição das cargas horárias. O protesto foi recepcionado por um forte aparato policial, contando com 15 policiais armados e com cães em 5 viaturas. Em relatos de professores, foi informado que a coordenadora da educação de Xanxerê não aceitou dialogar com o sindicato, somente falando com grupos de familiares das respectivas escolas.

Em entrevistas, professores se mostraram preocupados com os alunos. “A educação no campo é direito, sendo assim, caso as escolas fechassem, crianças de 5, 6 anos deveriam acordar às 4 ou 5 da manhã para pegar um ônibus para se deslocar até a escola na cidade…” diz o professor. Ele termina a entrevista com “Educação do campo é direito nosso e DEVER do estado!”. 

Como resultado das mobilizações, no dia 18 de dezembro, o Comitê de Apoio ao AND recebeu a notícia através de um professor de que as escolas irão permanecer abertas.

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