SC: Fóruns e Redes participa de julgamento popular em Chapecó

SC: Fóruns e Redes participa de julgamento popular em Chapecó

Com informações do movimento Fóruns e Redes

A exitosa Caravana da Resistência, partilha e solidariedade, organizada pelo movimento Fóruns e Redes (FeR) que percorreu cidades de norte a sul do Brasil, se encerrou em meados de julho.  

Dentre as inúmeras reuniões e atos levantando a consigna de É hora de unir as lutas, os ativistas denunciaram o criminoso assassinato de Marcelino Chiarello em Santa Catarina.

Crime com a tutela do Estado

Durante a passagem pela cidade de Chapecó (SC), em 30/06, os militantes marcaram presença no evento do julgamento popular do caso Marcelino Chiarello, vereador do PT na cidade de Chapecó, assassinado em 2011.
Foi o primeiro julgamento do tipo realizado no sul do país, orientado e conduzido pelo dirigente da FeR, o juiz Jorge Moreno, que usou como inspiração os julgamentos populares da região do Turi, organizados pelo FeR em 2009.

Em nota enviada ao AND, o movimento Fóruns e Redes afirma que “apesar das muitas limitações de seu partido, Marcelino foi indubitavelmente um grande lutador contra a corrupção, organizador popular, líder sindical e apoiador firme das causas indígenas dos Kaingang e outros assentados no sul.”.

O ato público, em forma de julgamento, cumpriu o papel de provar o absurdo crime que segue impune até hoje.
“A quantidade de provas apresentadas durante o evento pelo promotor não deixaram dúvidas de que o que aconteceu, na verdade, foi um crime acobertado pelo Ministério Público. E não um suicídio, como afirmaram os órgãos do velho Estado para arquivar o caso sob o pretexto de suicídio.” 

Ficou claro que o vereador foi assassinado por suas denúncias contra a corrupção, porém a covarde execução foi arquivada pelo judiciário como suicídio.

A comunidade popular em Chapecó compareceu em peso ao evento que lotou o salão da comunidade São José Operário, no bairro Passo dos Fortes. Quase mil pessoas compareceram ao julgamento juntamente com os 50 militantes dos FeR que percorreram quase 4000 km de distância de ônibus para prestar solidariedade.

O julgamento declarou que Marcelino foi assassinado e uma nova procuração foi assinada publicamente por várias entidades para o reabrimento de seu caso, com o Estado sendo formalmente culpabilizado por omissão, intervenção na perícia do crime e constrangimento de testemunhas.

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