Na última quarta-feira (30), foi realizada na Universidade Federal de Santa Catarina, a vitoriosa palestra “Liberdade em Xeque” sobre as tentativas do Estado sionista de Israel de perseguir e censurar os ativistas democráticos que agem em prol da causa palestina.
Contando com a presença da diplomata brasileira Cláudia Assaf e do ex-embaixador da Palestina Fawzi El Mashni, foram abordadas as tentativas de perseguição que a Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto (IHRA) realiza com ativistas democráticos, visando taxar as denúncias feitas ao colonialismo israelense como antissemitismo.
Foi denunciado também a forma como a extrema direita brasileira se alia ao sionismo na perseguição aos palestinos e aos ativistas pró Palestina, se utilizando, principalmente, da perseguição jurídica.
A perseguição sofrida pelo ativista democrático Breno Altman foi mencionada como exemplo, uma vez que após uma palestra sua na UFSC, professoras sionistas liberaram uma nota acusando o jornalista de antissemitismo em nome da universidade.
Após terminadas as falas, foram abertas inscrições para perguntas e realizada uma fervorosa salva de palmas.
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Esta foi a terceira palestra em uma série de eventos democráticos dedicados à causa da Luta de Libertação Nacional Palestina, que ocorreu após as palestras “Lutas Anti-imperialistas Hoje” e “Gaza: um ano de violações dos direitos humanos”, esse último realizado no dia 11 de outubro. Na ocasião, o evento contou com uma mesa composta pelo professor Doutor Muhammad Subhi Husein representando a Frente Palestina Livre de Santa Catarina, João Pedro Fragoso, escritor e produtor de vídeos democráticos para a internet e por um representante do Comitê de Apoio do Jornal A Nova Democracia.
Além da leitura de uma carta da Secretaria de Instituições Estudantis Palestinas, que apela para que todos os estudantes e movimento estudantis do mundo travem luta para por fim a guerra genocida que o imperialismo sionista de Israel realiza contra o povo palestino, a mesa também destacou a conexão entre os processos anti-imperialistas que ocorrem atualmente, desde a luta agrária em nosso país, até a mais avançada destas, que hoje é levada a cabo pela Luta de Libertação do Povo Palestino.
Movimentos democráticos marcaram presença
O evento do dia 11 contou também com falas de diversos movimento, saudando a luta justa e triunfante da Palestina e explicando sua história e desenvolvimento. O Movimento Maruí e o representante de AND destacaram a relação que existe entre os movimentos estudantis combativos e a luta dos povos, como no caso da luta pela Revolução Agrária em nosso país — citando por exemplo a Batalha de Barro Branco.
No dia, também foram explicadas as relações imperialistas que se acirram não somente na Palestina, mas também em outras partes do globo, e demais questões que englobam a luta palestina e a luta pela terra no mundo todo; João Pedro Fragoso retomou a trajetória histórica da luta armada palestina, começando em 1965 e seguindo até os dias de hoje.
Finalizando as falas, o Professor Doutor Muhammad Hussein Subhi discutiu a Resistência Palestina que ocorre de diferentes maneiras, tema de sua tese de doutorado, bem como relatou sua experiência pessoal no território palestino ocupado e as cenas de abuso e violência sionistas bem como a resistência feroz do povo palestino.