A condição crítica da universidade foi apresentada pelo reitor Irineu Manoel de Souza no dia 13 de março, afirmando que somente com as despesas dos meses iniciais de 2025 a instituição já acumula um déficit de R$ 12,4 milhões. A Instituição espera receber R$ 170 milhões para seu orçamento de 2025, sendo R$ 37 milhões a menos que o necessário para manter seu funcionamento até o fim do ano, possuindo orçamento para funcionar apenas até outubro, acarretando medidas de economia de gastos, como cortes de postos de trabalho de terceirizados, diminuição na frequência de limpeza, manutenção e segurança, e redução de recursos tecnológicos.
Entretanto, esse sucateamento da UFSC não é de hoje, acontecendo em 2024 a Greve Nacional de Educação, no campus de Florianópolis os estudantes se juntaram aos técnicos administrativos (TAES) e professores, pela recomposição salarial e melhoria da estrutura precarizada da universidade. Ocorrendo após um mês do fim da greve, um corte de R$ 1,3 bilhão da educação, pelo gerente de turno, como noticiado pela Redação de AND, com R$ 29 milhões que deviam ser mandados para a Universidade Federal de Santa Catarina sendo retidos pelo Tesouro, aprofundando as condições precárias da universidade.
Campus Blumenau
Outro descaso nesse histórico de ataques à educação ocorre com a UFSC Blumenau, que, desde sua fundação, tem seu funcionamento em imóveis alugados. Possuir uma sede própria sempre foi de grande interesse dos estudantes, pelos altos preços pagos para manter a sede alugada. Em 2024, a Reitoria da UFSC recebeu o valor destinado à compra do imóvel por meio da “PAC das Universidades”, porém, no início de 2025, foi informado para a UFSC Blumenau que a Reitoria não possuía mais o valor necessário, demonstrando uma completa falta de transparência sobre o uso do dinheiro público, sendo transferido apenas R$ 500 mil dos R$ 4 milhões necessários para a obra, impedindo que a transferência para a nova sede fosse feita, mantendo o funcionamento na sede antiga alugada.