Alunos e responsáveis fazem ato em frente a Escola Estadual Ministro Petrônio Portela exigindo merenda e professores. Foto: Reprodução
Alunos da Escola Estadual Ministro Petrônio Portela fizeram um protesto em frente a instituição na manhã do dia 25 de abril para exigir a contratação de professores e merendeiras. A Escola fica localizada no conjunto Augusto Franco, zona sul de Aracaju, estado de Sergipe.
Durante o protesto, os estudantes denunciaram que estão sem lanches e sem aulas de algumas disciplinas. Com diversos cartazes, os jovens gritaram palavras de ordem como: “Uhu! Aha! Nós queremos merendar” e entoaram canções tradicionais do movimento estudantil. A manifestação contou com o apoio de pais e responsáveis dos alunos, além de professores.
Na mesma manhã, outros estudantes realizaram um outro protesto em frente a sede da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), no centro de Aracaju. Os estudantes cobraram melhorias nas unidades escolares do estado, principalmente para aquelas localizadas no interior. “Há escolas no interior que sofrem com a falta constante de professores. Além disso, muitas escolas não seguem o cardápio alimentar”, denunciou a estudante Lizandra Dawany.
Entre os principais problemas relatados pelos estudantes, estão a superlotação, falta de professores e merenda. Sobre a superlotação, Dawany relatou: “Infelizmente, algumas escolas estão com superlotação em sala de aula, com mais de 50 alunos por turma, o que dificulta muito a aprendizagem. Em alguns casos, as aulas acontecem até no pátio da escola”, conta.
As escolas Gonçalo Rollemberg Leite,em Aracaju, Monsenhor Olímpio Campos, em Itabaianinha, e Arquibaldo Mendonça, em Indiaroba, foram as unidades mais citadas durante o ato, como exemplo de precarização e falta de infraestrutura.
A luta dos estudantes de Sergipe soma-se a nova grande onda do movimento estudantil combativo brasileiro, que decidiram lutar contra sucessivos ataques à educação feitos pelo governo militar de Bolsonaro/generais e contra o imobilismo da UNE/Ubes, que utilizando-se da pandemia, abandonaram os estudantes a própria sorte. Com isso, ocupações, greves e protestos se tornaram cada vez mais frequentes em instituições de ensino pelo País, se tornando assim a única via para conseguir condições mínimas para a educação.
Dentro desse contexto foi realizado no Rio de Janeiro o vigoroso 41º Encontro Nacional dos Estudantes de Pedagogia (Enepe), organizado pela Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (Exnepe) e com a presença de jovens universitários e secundaristas de diversas partes do País. Durante o evento, os estudantes demarcaram uma linha clara entre o movimento estudantil combativo e o oportunista. Na plenária final, os estudantes aprovaram um calendário de lutas que tem por objetivo resistir aos ataques do governo à educação e lutar por mais direitos, autonomia, democracia, gratuidade, ensino presencial e contra os cortes de verbas.
Estudantes fazem protesto em frente a sede da Seduc, no centro de Aracaju. Foto: Reprodução.