Atualmente, uma grande dúvida no cenário internacional é se o Estado sionista de Israel invadirá o território libanês com tropas por terra. Muitos analistas, inclusive do monopólio de imprensa como o britânico The Guardian, apontam que, se esse cenário se concretizar, seria um fracasso para o Exército israelense.
Para o pesquisador em Relações Internacionais, Bruno Beaklini, o Estado de Israel “precisaria mobilizar uma grande força de reservistas” caso quisesse invadir o Líbano. “Isso mediante a mobilização de buchas de canhão para o Estado sionista, como árabes de fé judaica e acordos de asilo para refugiados africanos”, explica ele.
Contudo, “essas forças não tem capacidade de enfrentar nem o Hezbollah, nem os 40 mil voluntários que cruzariam o Golã Sírio para apoiar a Resistência Libanesa. Isso sem falar que, se formos contar os efeitos das Colinas de Golã até a fronteira com o Iraque, são cerca de 500 mil combatentes com experiência concreta de combate e prontos para lutar”, diz Beaklini.
Beaklini também diz que crê que a situação do Líbano é “um ponto de não retorno”. Atualmente, o Estado sionista já matou mais de 500 pessoas no país agredido e deixou mais de 2 mil feridos, muitos deles em estado grave.
A Resistência Libanesa tem respondido a agressão com golpes poderosos a várias bases e instalações militares no território ocupado, inclusive a base do Mossad, próxima a Tel Aviv, que foi responsável pela operação de explosão de pagers e walkie-talkies no Líbano.
O Hezbollah tem apoio da Resistência Iraquiana, que atingiu o porto de Eilat em um importante golpe ontem, da Resistência Nacional Palestina e da Resistência Iemenita. A última enviou hoje (26) um míssil em direção à Tel Aviv.
“Se Israel decidir invadir o Líbano por terra, o custo de vida será muito alto”, diz Beaklini. “E isso para um Estado que não está acostumado a perder vida de seus invasores, e sim matar crianças e mulheres. É um custo político que nem o gabinete de guerra de Netanyahu consegue pagar”.