Reproduzimos na íntegra a nota do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e Região (o Marreta) divulgada no dia 11 de março e enviada para a Redação de AND por correio eletrônico.
INTERVENÇÃO NOS SINDICATOS NÃO VAI PASSAR!
Bolsonaro ataca sindicatos para tentar impedir a revolta dos trabalhadores contra o assalto à aposentadoria
Ao decretar em edição especial do Diário Oficial, na calada da noite do dia 01 de março, sexta-feira que antecede o carnaval, a Medida Provisória 873, para dificultar que os trabalhadores contribuam com o seu Sindicato, Bolsonaro revelou uma vez mais toda sua covardia e medo dos trabalhadores organizados.
Nós do Marreta não temos nenhuma dúvida: este ataque à organização dos trabalhadores foi para tentar impedir que os Sindicatos, junto com os trabalhadores e o povo, organizem a indignação, a repulsa e a revolta geral que tomou conta do país, depois de divulgada a proposta do assalto à Previdência, que antes a canalha chamava “reforma” e agora chama, gastando bilhões em propaganda, de “nova previdência”.
O problema não é a Previdência, são os juros!
Como denunciamos no Programa Tribuna do Trabalhador, na Rádio Favela, o “déficit” nas contas públicas, ou seja, o que o governo gasta mais do que arrecada, é de 16 MILHÕES POR HORA. E o que o governo gasta pagando juros aos banqueiros parasitas da nação, POR HORA, SÃO 39 MILHÕES DE REAIS.
E TEM MAIS: déficit público não é previdência, saúde e educação, como repetem à exaustão os tecnocratas do governo e o monopólio da imprensa vendido (redes de televisão, rádios, jornalões e Veja, Istoé, etc.)
O governo gasta mais do que arrecada porque, além de pagar 39 milhões de reais por hora aos banqueiros, gasta bilhões com os salários milionários do presidente, dos senadores e deputados, dos governadores, prefeitos e vereadores, dos juízes e demais magistrados, dos altos oficiais militares e dos demais funcionários marajás.
E estes juros são só os reconhecidos pelo governo, mas tem muito mais, que vamos mostrar em outros boletins.
Querem tirar 1 TRILHÃO POR ANO dos trabalhadores e pobres:
é o que significa a “reforma da Previdência”
Quem entregou o ouro desta vez não foi o Presidente bocudo e falastrão, mas o seu vice, em entrevista no dia 28 de dezembro de 2018 ao jornal “Valor Econômico”
Valor: O Brasil está quebrado…
Mourão: Eu sei disso, pagamos R$ 400 bilhões por ano de juros, temos um déficit de R$ 139 bilhões (…). Por isso precisamos aprovar essas reformas, porque com a melhoria do nosso rating nós podemos até emitir títulos pagando juros menores (…), fazer uma repactuação dessa dívida, podemos alongar o prazo.
Traduzindo: com as reformas como a “reforma da Previdência”, tirar 1 trilhão dos trabalhadores e emprestar aos banqueiros com juros menores. Mais uma vez jogar nas costas dos trabalhadores o rombo causado pelo governo e os banqueiros. Entregar ainda mais o ouro para os banqueiros, vendendo o sangue do trabalhador, e esperar destes sanguessugas “boa vontade” com os prazos de pagamento da dívida pública!
Ninguém chuta cachorro morto
Se os sindicatos não valem nada, como repetem os banqueiros, o monopólio da imprensa, Bolsonaro e políticos que recebem milhões em aposentadoria, por que então persegui-los?
Porque, em menos de cem dias de governo, já começou a “cair a ficha” da farsa e da mentira destes políticos que prometiam “O NOVO”.
Faz mais de ano que prometeram mais empregos e crescimento com a “reforma trabalhista”. Cadê?
Prometeram menos fiscalização para as mineradoras e agronegócio. Veio o crime da VALE em Brumadinho, que revoltou a nação.
Prometeram que o trabalhador poderia ter armas. Como comprar com esse salário miserável?
E o toma-lá-dá-cá está mais cá e lá do que nunca!
Por isso atacam os sindicatos, e tentam impedir a organização dos trabalhadores.
Porque só atacando os trabalhadores essa quadrilha consegue se unir. Um envergonhado Bolsonaro foi desmentido por seus auxiliares quando falou que negociaria alguns pontos do ASSALTO À PREVIDÊNCIA. E também porque mesmo com todos os ataques da “reforma trabalhista”, os trabalhadores não calaram a sua voz.
Pela Greve Geral de resistência nacional
Plenária sindical dirigida pelo STICBH – MARRETA e Sindicato dos Trabalhadores de Correios – SintectMG, que debateu a necessária unidade de ação do movimento sindical contra as “reformas” antioperárias
• Pela revogação da “reforma trabalhista”;
• Contra a “reforma da previdência”;
• Terra para quem nela vive e trabalha;
• Contra as medidas antipovo e vende-pátria;
• Em defesa do direito de greve e da liberdade de manifestação e de organização;
• Contra a intervenção militar e repressão aos pobres da cidade e do campo.
A nossa convenção está valendo. Os direitos assegurados dos trabalhadores e os descontos aprovados em Assembleias valem pelo menos até dezembro deste ano. O Marreta vai para cima de quem não cumprir a convenção!
MARRETA neles!