Abdullah Loay Ghait, 16 anos, abatido por militares israelenses enquanto tentava chegar à mesquita para rezar. (Foto: Rede de Notícias Qods, شبكة قدس الإخبارية)
Soldados do sionismo israelense assassinaram um jovem palestino que tentava entrar na Jerusalém Oriental ocupada, no dia 31 de maio, para realizar suas práticas religiosas na mesquita de Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos. De acordo com a agência de notícias palestina Wafa, foram militares israelenses que dispararam contra o adolescente da aldeia palestina de Dar Salah, onde estavam estacionados.
Abdullah Loay Ghait, de 16 anos, como indicado pela Al Jazeera, vivia na cidade de Hebron, na Cisjordânia, também ocupada pelo Estado sionista de Israel. O jovem tinha a intenção de ir até a mesquita para orar.
A data era de grande importância para os muçulmanos, pois era a última sexta-feira do feriado do Ramadã, o mês sagrado que o Islã vive agora, desde o início de maio até dia 4 de junho. Durante o período festivo, os muçulmanos se mantém em jejum durante o dia todo, desde o nascer até o pôr do sol, e fazem mais orações do que o de costume, de preferência visitando os lugares mais sagrados para a religião, como é o caso da Al-Aqsa.
A Cidade Antiga, na Jerusalém Oriental, é onde estão diversos templos considerados sagrados, não apenas para os muçulmanos, como também para o judaísmo e o cristianismo. A mesquita onde Abdullah Ghait queria rezar, por exemplo, fica no topo do Monte do Templo, sagrada para os judeus. No entanto, a cidade permanece ocupada por Israel desde 1967, no conflito da Guerra dos Seis Dias.
Ramadã de 2019 é um dos mais sangrentos
O feriado este ano teve início já com o luto de 27 palestinos assassinados na Faixa de Gaza, sob o intenso bombardeio de foguetes israelenses no começo de maio. Mesmo assim, no campo de refugiados em Al-Nusierat, no centro de Gaza, centenas de palestinos muçulmanos se reuniram no mercado local para preparar o banquete que marca o início das festividades do Ramadã.
Além disso, milhares de famílias palestinas não puderam sair de Gaza, que atualmente está sitiada, para visitar seus parentes e amigos que vivem em regiões ocupadas no feriado, devido às restrições coloniais impostas por Israel.