Sionistas da Conib pedem prisão do jornalista Breno Altman em nova tentativa de censura

Em nova acusação infundada, organização sionista Conib exigiu prisão de jornalista progressista Breno Altman.
Jornalista e fundador do Opera Mundi, Breno Altman, foi novamente atacado pela Conib. Foto: Brasil 247

Sionistas da Conib pedem prisão do jornalista Breno Altman em nova tentativa de censura

Em nova acusação infundada, organização sionista Conib exigiu prisão de jornalista progressista Breno Altman.

A organização sionista Confederação Israelita do Brasil (Conib) entrou com uma nova ação judicial contra o jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, demandando a suspensão de suas redes sociais e sugerindo sua prisão. O jornalista já vem sendo perseguido desde o fim de 2023 pela Conib em uma ofensiva copartícipe do Estado brasileiro por sua defesa da causa palestina e denúncias contra o Estado sionista genocida. O jornalista já foi alvo de censuras e de um inquérito da Polícia Federal (PF).

Na nova ação, protocolada junto à Vara Criminal Federal da Capital do Estado de São Paulo – Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a Conib acusou Altman de “incitar uma caçada aos judeus”.  Tal acusação infundada foi feita após o jornalista apoiar uma fala do ex-deputado José Genoino (PT), acusado de antissemitismo pela organização por defender o movimento Boicote, Desinvestimento, Sanções (BDS), que promove o boicote a produtos provenientes de assentamentos sionistas em terras palestinas ocupadas. Um pedido de inquérito também foi aberto contra Genoino. 

Precisamente, a posição de Altman foi que “o Estado colonial e racista de Israel deve ser submetido a boicote, desinvestimento e sanções, como a África do Sul durante o apartheid. Empresas apoiadoras desse regime criminoso, incluindo as brasileiras, devem receber a mesma punição”. 

A hipocrisia desavergonhada dos sionistas 

Com base na justa declaração, os sionistas da Conib buscam novamente censurar a liberdade de imprensa, instando o velho Estado brasileiro a proibir Altman de participar em vídeos, programas ao vivo (lives) e manifestações em apoio à causa palestina e em denúncia das ações genocidas do Estado sionista. A Conib também sugeriu a prisão preventiva do jornalista caso não abdique das críticas ao sionismo. 

A acusação de suposto “antissemitismo” de Altman, já anteriormente feita pela Conib, soma-se agora à outra de “divulgação de ideologias nazistas”. A escalada da tentativa de ameaçar, intimidar e censurar jornalistas do campo popular e democrático no país é clara, bem como a hipocrisia dos sionistas.

A Conib utilizou-se deturpadamente da memória do Holocausto para fazer um paralelo entre a proposta de um boicote ao Estado sionista e os primeiros ataques nazistas contra os judeus, também na forma de boicote. 

O que os sionistas esquecem, em seu paralelo distante e sem nexo, é de que há uma comparação muito mais próxima entre as ações de bloqueio econômico do Estado de Israel contra a Faixa de Gaza e o “boicote” dos nazistas aos judeus do que entre esse último e o justo movimento de boicote promovido por organizações e massas populares de todo o mundo contra Israel. Os mais próximos dos nazistas não são aqueles que se recusam a consumir mercadorias produzidas ou financiadoras dos israelenses, mas sim o próprio Estado sionista. 

O bloqueio israelense à Faixa de Gaza existe desde 2007, como medida de isolamento econômico e comercial, mantido militarmente por terra, ar e mar. A medida, utilizada como punição coletiva, já colocava sob uma constante crise mais de 2 milhões de pessoas mesmo antes da guerra. 

Breno Altman é alvo de perseguição com anuência do velho Estado

Em diversas ocasiões, a Conib já atuou, com anuência do velho Estado, para censurar e intimidar o jornalista Breno Altman. Em três ocasiões, entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, Altman foi instado a excluir comentários em redes sociais sobre o genocídio sionista. O judiciário de São Paulo chegou a pedir a suspensão de publicações sobre a guerra de agressão de Israel contra a Palestina feitas por Breno em suas redes sociais, impondo o pagamento de multas entre R$ 500 a R$ 180 mil caso as publicações fossem mantidas. No dia 4 de janeiro, Altman recebeu, de número registrado em um assentamento sionista, uma notificação extra-judicial da sionista Conib.

Além da censura, no final de dezembro, a perseguição à Altman atingiu um novo patamar, com participação direta da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). A PF lançou um inquérito contra o jornalista a pedido do procurador Maurício Fabreti, do MPF de São Paulo. O pedido e o inquérito seguiram as orientações da Conib, desconsiderando o entendimento anteriormente fixado pela procuradora Cintia Melo Damasceno Martins, do Rio de Janeiro, que havia ordenado o arquivamento de investigação com igual teor.

Altman também sofreu ameaças vindas de sionistas contra si próprio, de espancamento, e de sua família, falando-se até mesmo em assassinato. As decisões do velho Estado contra Altman e em favor da canalha sionista apenas dão avala para manifestações deste teor contra o jornalista e contra outros profissionais do campo democrático e popular que defendem a causa palestina. 

Isto, porém, não é surpreendente, uma vez que o velho Estado brasileiro mantém relações próximas e inquebrantáveis com o sionismo. Como também denunciado pelo próprio Altman no caso do uso do programa FirstMile pela “Abin paralela” de Jair Bolsonaro, o Estado sionista forneceu ferramentas para espionagem e armazenamento de informações de cidadãos brasileiros. A cooperação entre o velho Estado e os sionistas, porém, demonstra-se, vai além das falcatruas bolsonaristas, chegando à submissão do judiciário, e da PF, sob direção do Ministério da Justiça do atual governo, às demandas da Conib. Há ainda a submissão da PF à Mossad, no caso das operações fajutas contra supostos membros do Hezbollah no país, e os acordos em áreas de defesa e segurança que não foram rompidos mesmo após o genocídio de quase 27 mil palestinos.

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