SP: Apagão deixa 500 mil pessoas sem energia há mais de 4 dias

Após os temporais que ocorreram no dia 3 de novembro, 2,5 milhões de pessoas sem energia. Ao menos 84 escolas das 308 que aplicaram a prova do Enem no domingo ficaram sem luz devido à queda de árvores e danos causados às redes de distribuição de energia.
Responsáveis pelo apagão: Ricardo Nunes, prefeito de SP, e Tarcísio de Freitas, governador do estado. Foto: Reprodução

SP: Apagão deixa 500 mil pessoas sem energia há mais de 4 dias

Após os temporais que ocorreram no dia 3 de novembro, 2,5 milhões de pessoas sem energia. Ao menos 84 escolas das 308 que aplicaram a prova do Enem no domingo ficaram sem luz devido à queda de árvores e danos causados às redes de distribuição de energia.

Após os temporais que ocorreram no dia 3 de novembro, 2,5 milhões de pessoas sem energia. Ao menos 84 escolas das 308 que aplicaram a prova do Enem no domingo ficaram sem luz devido à queda de árvores e danos causados às redes de distribuição de energia.

A concessionária Enel, responsável pela manutenção e distribuição de energia em São Paulo, até o momento ainda não conseguiu reestabelecer a energia para cerca de meio milhão de paulistanos, sendo estes, em grande parte, os moradores das regiões mais pobres de São Paulo. A promessa da concessionária é que a situação seja normalizada até 07/11.

Protestos ocorrem por toda a cidade contra o descaso da empresa para normalizar o fornecimento de energia. Em Carapicuíba (SP) moradores atearam fogo em pneus bloqueando uma avenida em protesto no último sábado (04/11), na capital paulista foi realizado um protesto na Av. Paulista pelo reestabelecimento da energia e em Taboão da Serra um protesto também foi realizado fechando a Av. Régis Bittencourt nesta segunda (06/11).

A falta de energia paralisou instalações e estações elevatórias da Sabesp, afetando o nível dos reservatórios. O abastecimento de água em diversas regiões ficou afetado. Várias linhas de trem e metrô já tiveram a operação prejudicada por quedas de árvores e desabamentos.

Enel é a maior concessionária do país e lucrou 74 bilhões de euros em 2017

A Enel é uma empresa imperialista italiana, que, em 2018, foi responsável pela compra de 70% das ações da Eletropaulo. A transição fez com que a Enel se tornasse a maior distribuidora do país. O valor pago para comprar as ações foi cerca de R$5,5 bilhões. Já o seu faturamento um ano antes da privatização, 2017, foi de 74 bilhões de euros.

Por sua vez, a culpa pelo quase colapso da rede de energia elétrica nas cidades de São Paulo é do governo estadual de Tarcísio e de todos os anteriores, assim como todos os governos municipais, pois mantiveram concessões de energia elétrica para a Enel (uma empresa privada que lucra às custas de um serviço tão básico e essencial). A privatização é a principal culpada por ter mantido por quatro dias parte da população da maior metrópole da América Latina, São Paulo, sem energia elétrica.

Tarcísio de Freitas ficou desmoralizado pois todas suas atitudes se concentram em privatizar os serviços públicos. Isto foi o que motivou a greve dos trabalhadores da CPTM, Metrô e Sabesp. Está escancarado que o objetivo das privatizações não é melhorar a qualidade dos serviços ou baratear os custos, mas sim aumentar o lucro dos empresários.

Como se não bastasse, o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), propôs que a população pague mais uma taxa para Enel poder passar os fios aterrados.

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