Em meados de setembro, ativistas conformaram o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral em São Paulo durante um evento organizado pela Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP). Mais de 50 pessoas participaram da reunião, dentre os quais ativistas de movimentos como o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), Movimento Feminino Popular (MFP) e um representante do Comitê de Apoio do jornal A Nova Democracia.
Reunidos sob um banner com a consigna Eleição Não! Revolução Sim!, os ativistas denunciaram as eleições como um meio de legitimar a velha ordem de exploração e opressão e defenderam o caminho da Revolução como a única solução para os problemas fundamentais e seculares que acometem nossa nação.
Em sua intervenção, a representante do MFP ressaltou que “os reacionários se utilizam da farsa eleitoral como um palanque criado para dar sustentação ao velho Estado de capitalismo burocrático”. Ela também denunciou as propostas reacionárias de ampliar o efetivo da Guarda Municipal, conhecida pela repressão contra o povo, e colocou que “vale destacar que o papel que cumpre nosso movimento, baseado no nosso entendimento de que existe sobre as costas das mulheres uma quarta montanha de opressão e exploração que é justamente a opressão feminina, e que portanto precisamos derrubar esta opressão como parte da luta dos povos do mundo por sua libertação”.
“Honrando a memória de Sandra Lima, nossa fundadora, e da companheira Remís, devemos aplicar aquilo que nos ensinou o Presidente Mao, de viver lado a lado com o povo e servi-lo de todo o coração, principalmente com as mulheres, que estão na linha de frente das lutas populares”, concluiu ela.
O representante do MEPR afirmou que é necessário demarcar campo com aqueles que fogem da luta de classes amedrontados. “O principal é a luta no campo, cerrando fileiras com as massas camponesas, e esta luta tem nome companheiros e companheiras, é Revolução Agrária como parte da Revolução de Nova Democracia. Não podemos tergiversar quanto a isto”. “É hora de transformar”, concluiu.
Toda a atividade foi recheada de contundentes palavras de ordem puxada em uníssono pelos ativistas e marcada por um forte espírito revolucionário. Muitos jornais de AND e livros foram vendidos. O evento foi encerrado com atividades culturais e o canto de músicas em homenagem à Resistência Nacional Palestina.