Reunidos no Vale do Anhangabaú, na cidade de São Paulo, o principal centro operário do país, cerca de 200 mil manifestantes compareceram às celebrações do 1º de Maio, o Dia do Internacionalismo Proletário. Empurradas pelo clamor das massas a se posicionar em relação aos ataques perpetrados pelo atual governo de Bolsonaro – tutelado pelo Alto Comando das Forças Armadas -, como a “reforma” da Previdência” e a autorização da instalação ao USA da base militar de Alcântara, até mesmo as burocráticas centrais sindicais dirigidas pelo oportunismo tiveram de erguer a palavra de ordem da Greve Geral. A própria realização de um ato unificado de todas as centrais ilustra essa situação.
O Comitê de Apoio do AND da cidade de São Paulo esteve presente e realizou vitoriosa brigada de vendas de jornal. O Comitê recebeu diversas contribuições financeiras à imprensa popular e democrática, além de ter realizado debate com dezenas de trabalhadores, aposentados e estudantes, esclarecendo o verdadeiro caráter do atual governo e a necessidade de não alimentar ilusões com as direções oportunistas.
Em suas intervenções, os brigadistas do Comitê de Apoio deram ênfase na necessidade de que as massas não devem reduzir as palavras de ordem apenas contra a “reforma” da Previdência, mas de aprofundá-las sob a perspectiva de uma grande Greve Geral de Resistência Nacional, que combata o atual governo de generais de Bolsonaro e, a exemplo da greve dos caminhoneiros e das manifestações de 2013, coloquem o velho Estado na parede, como todo seu apodrecido sistema político e econômico.
Além disso, de forma contundente, sem esconder suas posições, mas pacientemente, os brigadistas debateram com muitos trabalhadores que ainda guardavam esperanças com o oportunismo, ou com as suas palavras de ordem, como a liberdade de seu ex-candidato preso. Como resultado, muitos foram convencidos da perspectiva de que somente uma Grande Revolução poderá transformar a realidade de nosso país, e que não devemos guardar qualquer ilusão com as eleições ou com as campanhas do petismo e seus aliados, que, no final das contas, são tão responsáveis pela atual situação calamitosa do país quanto aqueles que dirigem o velho Estado atualmente.
Como relataram os brigadistas, o sucesso que obtiveram nessa tarefa de esclarecimento fica claro no exemplo de uma das abordagens realizadas a um jovem trabalhador de origem camponesa que estava na manifestação.
Inicialmente, o trabalhador, que estava com uma máscara com o rosto do Luiz Inácio, fez a sua defesa. No entanto, após o debate respeitoso e a confrontação política realizada pelos apoiadores do AND, foi possível convencer o rapaz, que concordou com a linha editorial exposta pelos apoiadores e, como forma de afirmá-lo, rasgou por conta própria a máscara do líder eleitoreiro que levava consigo. Ao final, se voluntariou a colaborar com a atividade dos brigadistas na manifestação e levou para casa um exemplar do jornal AND. Como esclareceu, sempre desconfiara no oportunismo, mas ainda não tinha tido contato com a linha da imprensa popular e democrática e os esclarecimentos que ela o trouxe.
Foram diversos os casos de pessoas que concordaram e apoiaram o jornal. Um casal, por exemplo, mesmo sem dinheiro em papel no momento para adquirir os jornais, mas com interesse em apoiá-lo, realizou uma doação por transferência bancária no valor de 4 exemplares.
Ao final, o balanço dos brigadistas foi bastante positivo, uma vez que foi possível não só alertar às massas para a necessidade de levantarem a bandeira da Greve Geral de Resistência Nacional, mas também que a forma adequada é fortalecer as organizações e mobilizações combativas do povo independentemente de centrais sindicais e partidos eleitoreiros, desde os locais de trabalho, estudo e moradia.
Ao final da brigada, foram vendidos dezenas de exemplares e somaram-se mais contatos de trabalhadores, apoiadores e simpatizantes da linha editorial do AND na cidade.