Quatro jovens de idades entre 22 e 26 anos foram assassinados em uma lanchonete de São Bernardo do Campo na noite de 16 de abril. Uma das vítimas, Diego da Silva Macedo, 24, trabalhava no local e estava comemorando o seu aniversário.
O crime ocorreu por volta das 23h na Rua Edson de Queiroz, no limite com a cidade de Santo André. Além de Diego, Cássio de Almeida Santos, de 23 anos, Rafael Borges, de 26 anos, e Edivaldo da Lima Jr, de 23 anos também foram baleados e mortos.
Assim que a lanchonete fechou, dois homens chegaram em motos, discutiram com os jovens, atiraram e fugiram. As investigações indicam que se trata de execução: testemunhas contaram que as vítimas se ajoelharam e foram atingidas de costas.
A cidade de São Paulo e a região metropolitana registram números cada vez maiores de chacinas. Somente no ano passado, dez chacinas foram contabilizadas, com 39 mortos, representando um aumento de 66% em relação à 2016. Uma das causas mais comuns é a ação de grupos de extermínio formados por policiais militares, que despejam sobre o povo todo seu ódio reacionário.
De acordo com a doutora em sociologia e professora da Universidade Federal do ABC, Camila Nunes Dias, em entrevista concedida ao Agência Brasil, existe um padrão claro nas chacinas operadas por grupos de extermínio no estado de São Paulo que as diferem dos demais assassinatos. “A chegada de várias pessoas em uma ou mais motos ou em um ou mais carros, a utilização de capuz ou outras formas de esconder o rosto, a rendição das vítimas em alguns casos, colocando-as de costas para a parede, de joelhos ou atirando na cabeça, simplesmente.”, descreve.