Marginal do Ribeirão interditada por uma barricada. Foto: Reprodução/Redes sociais
Desde que foram notificados sobre um pedido de reintegração de posse feito pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), os moradores da comunidade do Escadão, em Carapicuíba, na grande São Paulo, se colocaram em luta a fim de continuar no terreno que ocupam. A reintegração está marcada para o dia 12 de setembro, porém os moradores da ocupação Cohab-5 estão realizando manifestações combativas quase que diariamente, desde o dia 30 de agosto, quando foram notificados do despejo.
Nos dias 5 e 6 de setembro foram registrados diversos protestos da comunidade, em que os moradores realizaram barricadas de pneus incendiados. A repressão, por meio da Polícia Militar (PM) de São Paulo, da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam), atuou violentamente, reprimindo os manifestantes indignados.
Foto: Reprodução/Redes sociais
No dia 6, os manifestantes interditaram, durante a tarde, a marginal do Ribeirão com pneus em chamas, e um ônibus também foi incendiado. Mais cedo, na parte da manhã, agentes da PM e da GCM promoveram um cerco em volta da comunidade. Os moradores do Escadão, que estavam em reunião no momento, declararam que os policiais chegaram e utilizaram até mesmo drones, formando um cordão humano para que ninguém deixasse a ocupação.
Uma representante da ocupação, em entrevista, declarou que a prefeitura de Carapicuíba não fez contato com a comunidade desde a notificação da reintegração.
Já no dia anterior, eles haviam fechado a avenida Antônio Faustino dos Santos, uma das principais vias da região, e outras ruas de acesso com barricadas de pneus e artefatos incendiados. Os moradores, em resposta à repressão, atiraram tijolos contra carros e agentes da GCM, segundo nota da prefeitura de Carapicuíba.