SP: Dois ambulantes são covardemente alvejados por tiros de bala de borracha durante abordagem

SP: Dois ambulantes são covardemente alvejados por tiros de bala de borracha durante abordagem

Dois irmãos vendedores ambulantes foram feridos com tiros de balas borracha durante abordagem policial, no dia 19/06, numa comunidade do Jabaquara, na zona sul da capital.O irmão mais velho levou um tiro no rosto e perdeu três dentes. Ele ainda foi atingido na virilha por outro tiro de elastômero, nome técnico da munição. O irmão mais novo foi ferido no ombro.

Os irmãos acusam os agentes de jogarem, além disso, bombas de gás lacrimogêneo na residência onde moram e de agredi-los com cassetetes, socos, e depois de algemá-los, prendê-los e ameaçá-los na delegacia.

Os irmãos disseram que estavam vendendo churrasco em frente da casa onde moram no Jabaquara após uma partida de futebol na região. O irmão mais velho contou que eles sempre vendem espetinhos de carnes na região, mas quando notaram a chegada das viaturas da Polícia Militar (PM) decidiram guardar o carrinho de churrasco. 

Em entrevista ao monopólio de imprensa G1, o irmão mais velho denunciou: “Eles (policiais) queriam nos passar como errados, aí jogaram bomba para dentro da minha casa, tinha um recém-nascido lá”. E continua: “Aí foi que ele (o irmão) tomou dois tiros no ombro… de borracha. Eu tomei um tiro porque vi meu irmão sendo agredido”.

O irmão mais novo, revoltado com a injusta agressão, denunciou: “Eles jogaram bomba e tinha um monte de criança dentro da casa”. 

Nas imagens e nos vídeos divulgados nos quais o fato é registrado é possível ver e ouvir disparos e bombas lançados pelos militares, enquanto moradores dizem para parar porque têm crianças na comunidade.

Para o advogado Diego Garcia, “é possível falarmos de diversos crimes nas condutas dos policiais, como, por exemplo, lesão corporal grave ou gravíssima, a depender da extensão das lesões, e abuso de autoridade, pelas ameaças proferidas aos irmãos após a ocorrência e pela conduta frente à residência”, disse o advogado ao monopólio de imprensa G1.

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