SP: Estudantes da USP deflagram greve e ocupam prédios contra sucateamento da educação

Estudantes do curso de Letras da FFLCH-USP ocuparam no dia 18 de setembro os prédios da direção da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e de Letras pela contratação imediata de mais professores e pela garantia dos direitos estudantis.
Assembleia reuniu mais de mil estudantes. Foto: Banco de Dados AND

SP: Estudantes da USP deflagram greve e ocupam prédios contra sucateamento da educação

Estudantes do curso de Letras da FFLCH-USP ocuparam no dia 18 de setembro os prédios da direção da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e de Letras pela contratação imediata de mais professores e pela garantia dos direitos estudantis.

Estudantes do curso de Letras da FFLCH-USP ocuparam no dia 18 de setembro os prédios da direção da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e de Letras pela contratação imediata de mais professores e pela garantia dos direitos estudantis. A ocupação se manteve até o final do dia quando a direção do curso se comprometeu em atender as demandas dos estudantes.

Os estudantes mobilizados pela ocupação convocaram para o dia 19/09 uma Assembleia Geral com os estudantes dos demais cursos e entidades pautando a contratação imediata de mais docentes, o pagamento do auxílio permanência aos estudantes, o reestabelecimento das disciplinas fechadas por falta de professores e a garantia das disciplinas da grade curricular.

A assembleia contou com a presença de mais de mil estudantes que aprovaram uma greve de todos os cursos da FFLCH entre demais cursos que aderiram a greve. Os estudantes do campus da USP-Leste, que ocuparam o prédio do campus em julho pela contratação de mais docentes, realizaram no mesmo dia uma assembleia com mais de 200 estudantes que também aprovaram a greve.

Assembleia reuniu mais de mil estudantes. Foto: Banco de Dados AND

Segundo a Associação de docentes da USP (Adusp), de 2014 até 2023 a universidade perdeu cerca de 1.309 docentes. Destes, 93 são professores da FFLCH. Hoje o prédio de humanidades tem um desfalque de cerca de 20% de profissionais. Concomitantemente a universidade não abriu concurso para a contratação de novos professores sendo que no quadro de 2014 contava com 5934 profissionais e hoje contém 4892. Ainda segundo a Adusp a contratação de novos profissionais planejada ainda para 2025 não é suficiente para repor o déficit de docentes.

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