Reproduzimos nota recebida da Frente de Luta Combativa USP – Ribeirão Preto denunciando a situação existente nos campi e a postura dos setores oportunistas do movimento estudantil.
FORA PM DA USP!
CHEGA DE REPRESSÃO! PELA SEGURANÇA DOS ESTUDANTES
E DA POPULAÇÃO!
Na segunda-feira (30/05) estudantes combativos da USP mobilizaram atos pelo “Fora PM da USP!”, “Pelo pagamento atrasado dos auxílios!” e “Pela desterceirização dos restaurantes universitários!”. Os atos aconteceram na USP da Capital, no campus de Ribeirão Preto e no campus de Piracicaba (ESALQ).
Durante a pandemia, os movimentos reformistas e pelegos presentes na USP fecharam a sete chaves suas portas e largaram os estudantes à própria sorte. A gestão Nossa Voz do DCE da USP só mostrou aos estudantes o que realmente é: um grupo de oportunistas da pior espécie. Fazendo acordos de portas fechadas com o reitor, desmobilizando os estudantes, atacando e denunciando os estudantes independentes que se lançaram na luta bravamente. Nada fizeram com a presença da PM na USP ou contra os cortes de verbas.
Estudantes protestam contra presença da PM em Campus da USP. Foto: Banco de Dados AND.
Na USP de Ribeirão Preto e na Capital dois movimentos surgiram com o objetivo de mobilizar os estudantes de forma combativa, de mostrar o caminho que dá respostas aos problemas dos estudantes, principalmente durante a pandemia. O ato foi organizado pela Frente de Luta Combativa USP-RP – antiga Frente Estudantil Contra a EaD, construída através dos princípios da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) – e a Rede Estudantil de Mobilização (REM).
No ato de Ribeirão Preto esteve presente o Sindicato dos Trabalhadores da USP – SINTUSP -, a Associação de Docentes da USP – ADUSP – e alguns movimentos independentes da USP. O ato aconteceu no Restaurante Universitário (RU) na hora do almoço às 11h15, contou com uma faixa escrito “FORA PM DA USP!”, cartazes e panfletos. Na Capital, o ato também aconteceu no RU, mas durante a noite, às 18h.
É longo o histórico de repressão que estudantes e trabalhadores sofrem pelo aparelho repressor do estado: a Polícia Militar (PM). Este, que já vem sendo utilizado desde a Ditadura Militar, e segue sendo mantido até os dias atuais, com um papel importantíssimo: reprimir qualquer levante popular e, assim, manter a “ordem e o progresso” do país.
A permanência estudantil é um alvo desse velho estado há tempos, com corte de verbas e ataques às bolsas de pesquisa. A crise econômica em nosso país se agudiza cada vez e para que os estudantes consigam se manter nas universidades os auxílios são necessários, sendo um direito do povo trabalhador conquistado com duras lutas. A USP sendo a universidade pública mais rica do país, nega aos estudantes os auxílios e investe em bases de Polícia Militar como aconteceu no campus de Ribeirão Preto.
Em 2021, um estudante de Geografia foi preso pela PM em plena madrugada de domingo na moradia estudantil da USP Capital. Policiais sem identificação e armados com fuzis, prenderam o estudante sem nenhum mandado ou justificativa. O Boat Show – evento que aconteceu na Raia Olímpica do mesmo campus, e continuou acontecendo no meio da pandemia – teve estudantes protestando contra o evento. Na manifestação, a PM usou contra os estudantes bombas e spray de pimenta.
Os estudantes repudiam a presença da PM na USP e em qualquer escola ou universidade, e exclamam: A PM NÃO REPRESENTA SEGURANÇA. Os assaltos aumentaram na universidade, mas não é a PM que vai resolver isso. A falta de segurança na USP é resultado da precarização proposital pela reitoria para justificar a presença da PM.
FORA PM DA USP!
REBELAR-SE É JUSTO!
NÃO À BASE DA POLÍCIA MILITAR NA USP!
NÃO À MILITARIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES!
FRENTE DE LUTA COMBATIVA USP-RP
INSTA: FRENTEDELUTA_USP