Na manhã do dia 1 de setembro, uma explosão em uma metalúrgica no bairro de Pinhal, em Cabreúva (SP), deixou ao menos 5 pessoas mortas e 35 feridos, sendo 12 em estado grave. A explosão aconteceu por volta de 10 horas da manhã, na caldeira de derretimento de alumínio da metalúrgica. A empresa metalúrgica onde houve a explosão é a CIE Nakayone que pertence à multinacional espanhola CIE Automotive.
20 pessoas foram encaminhadas para a UPA de Cabreúva e 15 foram encaminhadas para a Santa Casa de Cabreúva, segundo a prefeitura da cidade. Segundo a equipe de resgate, o número de feridos pode chegar a 50 pessoas. A CIE Nakayone fornece produtos automotivos para montadoras da Ford, Fiat, Volkswagen e Scania. A CIE Automotive, empresa que tem instalações em 16 países, tem 11 fábricas no Brasil, como Autometal, Autoforjas, Durametal e Metalúrgica Nakayone, contando com mais de 2.600 trabalhadores.
Embora as causas do acidente não tenham sido descobertas, “acidentes” de trabalho envolvendo operários são frequentes nos arremedos de indústria presentes no país. Em agosto do ano passado, operários da Gerdau em Pindamonhangaba realizaram um protesto contra a uma explosão em um cilindro de ar em um dos setores da empresa, que danificou portas, maquinários e o telhado da fábrica.
As explosões que ocorrem nas indústrias, principalmente no setor metalúrgico estão diretamente ligadas a precária manutenção de equipamentos e maquinários. Para garantir maiores lucros, os donos de tais fábricas prescindem da manutenção e fiscalização dos maquinários, colocando a vida e a saúde dos operários em risco.