SP: Funcionários da LG fazem greve contra demissões em massa após fechamento de fábrica

SP: Funcionários da LG fazem greve contra demissões em massa após fechamento de fábrica

Trabalhadores aprovam greve após assembleia realizada no portão da fábrica da LG, em Taubaté, São Paulo. Foto: Reprodução

Operários que trabalham na fábrica da empresa sul-coreana, LG, do ramo tecnológico, iniciaram uma greve, no dia 12 de abril. A ação se dá contra a demissão em massa de 700 trabalhadores, na fábrica da empresa localizada em Taubaté, no interior de São Paulo.

Na última semana, a empresa anunciou o fechamento da fábrica na cidade e a transferência de parte da produção para outras de suas fábricas, localizadas no polo industrial de Manaus, no Amazonas.

Os trabalhadores questionam os valores das indenizações propostas pela empresa. Organizados para resistir em defesa de seus direitos, eles aprovaram uma greve por tempo indeterminado após assembleia no portão da fábrica.

Em nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Claudio Batista, afirmou: “Se hoje estamos aqui na porta do LG, isso é única e exclusivamente por culpa da empresa. A LG tomou uma decisão unilateral de fechar a fábrica de Taubaté”. E concluiu afirmando: “Nós vamos fazer a luta que for necessária para defender o interesse dos trabalhadores e trabalhadoras”.

A multinacional anunciou que encerrará sua produção de smartphones em nível global até julho. No Brasil, irá transferir a produção de monitores e notebooks para Manaus pois, segundo a empresa, no Amazonas ela terá mais isenções fiscais, fato que fará com que aumente seus lucros.

Operários de outras regiões também se revoltam

O encerramento das atividades da empresa em Taubaté, também prejudicará outras três empresas terceirizadas que prestam serviços exclusivamente para a multinacional. As empresas Blue Tech e 3C, de Caçapava, e a Sun Tech, de São José dos Campos, também fecharão as portas com a saída da LG da região. Essas empresas têm 90% de mulheres entre o quadro de funcionários e elas querem ser incluídas no plano de demissão da LG, para que possam receber as mesmas indenizações dos funcionários. Com isso, 430  trabalhadoras dessas empresas viajaram até Taubaté e se uniram à greve dos trabalhadores da LG.

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