Metroviários de São Paulo paralisaram o serviço na cidade por 24 horas no dia 18 de janeiro. Os trabalhadores exigem o fim do processo de privatização de duas linhas do metrô. A greve conquistou a suspensão do leilão de privatização por liminar da 12ª Vara da Fazenda Pública da Capital, mas a liminar foi suspensa horas depois.
A paralisação contou com a adesão de 90% dos metroviários, que já sofreram com imposições como aumento da jornada de trabalho, em 2017. Para reprimir a greve, a justiça do trabalho determinou, no dia 16, que 80% dos funcionários deveriam trabalhar em horários de pico sob a ameaça de uma multa de R$ 100 mil, caso os horários não forem cumpridos.
Essa não é a primeira repressão desatada contra uma paralisação da categoria. A greve de junho de 2014, por exemplo, durava cinco dias e era a maior paralisação já feita pelos metroviários quando o gerente Geraldo Alckmin retaliou, demitindo 42 trabalhadores, alegando justa causa e considerando a greve abusiva.
A privatização foi realizada na manhã do dia 19/01 e vendida ao grupo monopolista CCR, que já administra a linha 4 (Amarela). Entre os principais acionistas da empresa estão as empreiteiras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, envolvidas em escândalos de corrupção, e cerca de 86% de seus investidores são compostos por oligarquias financeiras imperialistas.