Funcionários da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, interior do estado, entraram em greve na manhã de 13 de junho. A categoria reivindica reajuste salarial de 12,6%, além de aumento nos vales alimentação e refeição.
A categoria realizou uma panfletagem nos portões da unidade, fechando a avenida Bandeirantes, na rua Hélio Lourenço, próximo ao Hospital das Clínicas (HC), e na Avenida do Café.
Os professores já estavam com as atividades paralisadas e indicativo de greve a ser avaliado desde o mês anterior. O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) havia feito uma contraproposta de somente 1,5% no aumento salarial, aprovada no dia 29 de maio, levando os docentes a tomarem a posição de manter a greve e mobilizar os demais setores e todo o corpo estudantil a aderirem.
O movimento também reivindica mudanças na estrutura da universidade, como maior representatividade estudantil no conselho universitário. Atualmente, o conselho acolhe apenas três estudantes em meio a 120 professores.
Na tarde do mesmo dia, trabalhadores e estudantes das universidades paulistas (USP, Unicamp e Unesp) realizaram ato político conjunto contra o reajuste proposto pelo Creusp. João Chaves, professor da Unesp, considera a proposta de reajuste um insulto. “O desmonte das universidades públicas paulistas tem várias dimensões, uma delas é o salário, mas todos sabemos que não estamos aqui só pelo salário. O salário é apenas uma parte desse processo de destruição das universidades”, afirmou o professor, destacando a política de austeridade financeira dos reitores e o congelamento de contratações de funcionários técnico-administrativos.