No dia 28 de novembro, metroviários, ferroviários, trabalhadores da Sabesp, professores da rede pública e funcionários da Fundação Casa realizaram uma greve unificada contra a ofensiva de privatização contra diversos órgãos e serviços públicos em São Paulo pelo governo de Tarcísio de Freitas, como da própria Sabesp, da CPTM e do Metrô de SP.
Dentre as reivindicações, os trabalhadores também repudiaram os constantes cortes de verba na educação e exigiram o recuo do governo no corte orçamentário de R$ 10 bilhões planejado para 2024. Ainda na Educação, o Novo Ensino Médio também foi alvo do protesto, que exigiu a revogação imediata da medida. A mobilização ainda denunciou a privatização do sistema penitenciário e as demissões contra 8 funcionários do metrô após a última greve e elevou o apoio à causa Palestina.
Durante o dia de greve, centenas de trabalhadores protestaram em frente a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocorria a votação do PL de venda da Sabesp, para repudiar a privatização. A votação acabou adiada pela mobilização.
Acuados, o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes, tentaram a todo momento criminalizar a greve. Um inquérito da Polícia Civil foi aberto para apurar atestados entregues por trabalhadores da CPTM. O governador reacionário moveu uma ordem judicial aos trabalhadores, em clara violação ao direito de greve. Em declaração ao monopólio de imprensa, ele afirmou que “Vamos designar os servidores que terão de cumprir a ordem judicial […] Porque é importante descobrir quem descumpriu a ordem judicial”. Desde a última greve, no dia 5 de outubro, pelo menos 8 trabalhadores já foram demitidos da empresa.
Nada disso foi capaz de deter a mobilização, que cresce mês após mês. O recente adiamento da votação da Sabesp foi uma dura derrota para os reacionários, uma vez que o governador e a sua base de aliados tentam correr contra o fim do calendário legislativo do ano de 2023 para vender a empresa já no 1° semestre de 2024.