O Grupo de Mulheres Remís Carla (GMRC/Unifesp), em conjunto com o CAPed, realizou no dia 08 de março de 2021 às 18h, no canal do Youtube do CAPed – Unifesp, a celebração centenária e histórica do 8 de março, Dia Internacional da Mulher Proletária!
Esta atividade é fundamental não só na luta dos estudantes, mas de todos aqueles que brigam dia a dia por melhores condições onde estão inseridos, buscando aprofundar o debate sobre a questão da opressão milenar contra a mulher e assim impulsionar essa luta!
Foi realizada uma mesa onde uma participante do Grupo Remís Carla abordou a relação entre a teoria marxista e a questão feminina desde a origem e o histórico desta opressão milenar até a situação política e as lutas atuais acerca da emancipação da mulher e das relações de exploração existentes na sociedade de classes. Além disso, a companheira expôs o dia-a-dia das mulheres durante a pandemia, que com a crise generalizada e sem precedentes em que vivemos, agravada pela pandemia, estão sendo as mais afetadas.
Com o aumento exacerbado dos alimentos e a migalha do auxílio emergencial de R$250, as mulheres do povo são as primeiras abatidas, dando falta do alimento. Sem escola para as crianças e jovens as mulheres das camadas mais empobrecidas precisam chegar em casa depois de um dia duro de trabalho e tentar de alguma forma suprir a falta da escola, é mais uma tarefa jogada pelo Estado sob as costas dessas mulheres. A companheira ressaltou que com a vacina, já disponível, poderíamos resolver parte do problema, mas esse é outro direito sendo negado às massas populares.
Diante da exposição da companheira, acerca da realidade objetiva em que as mulheres do povo vem vivendo, colocou-se a necessidade de mobilização, politização e organização dessas mulheres e como atividades de solidariedade tem servido para impulsionar a organização do povo para se defender coletivamente.
Foi dado o exemplo do Comitê Estudantil de Solidariedade Popular (CESP) da Unifesp, que vem realizando diversas atividades para atender as necessidades básicas dos moradores do entorno da Universidade, como: arrecadação de alimentos, distribuição de máscaras, conscientizando sobre a prevenção à Covid-19, organizando atividades culturais e reforços com as crianças e jovens.
A atividade foi encerrada em altíssimo nível, colocando a necessidade de todos, mulheres e homens, lutarem com todas as forças e se organizarem em Centros Acadêmicos (C.A), Diretório Central do Estudantes (DCE), e entidades, criadas através da luta dos estudantes por este direito, também dos Comitês Sanitários, em especial do Comitê Estudantil de Solidariedade Popular (CESP) da Unifesp, assim como de outras organizações para impulsionar nossa luta, somente assim destruiremos, parte por parte, tudo que nos massacra, com a certeza de que a nossa luta transforma!