SP: Guerra cívil reacionária intensifica genocídio da juventude

SP: Guerra cívil reacionária intensifica genocídio da juventude

População pobre da Comunidade Moinho, SP, protesta contra ação da PM que resultou no assassinato de um jovem. 

Em média, morre 1 jovem toda semana nas periferias de São Paulo pela policia genocida dos atuais gerentes de turno, Alckmin/Doria(PSDB). De um total de 457 casos de morte de jovens decorrente de intervenção da polícia militar, que foram registrados em boletim de ocorrência (Não contabilizando, obviamente, as mortes da juventude por grupos de extermínio; as mortes que são forjadas como “combate a criminalidade” e todas as mortes que não foram denunciadas por familiares e amigos seja quais foram as razões), 36% dos casos ocorreram na zona leste da capital paulista.

Em bairros como Sapopemba, Itaim Paulista e Lageado (todos nessas regiões, houve em média um registro de morte por mês no período de um ano). É o que mostra um levantamento da Folha de S.Paulo utilizando dados da secretária de segurança do estado de São Paulo.

Dados exatos como este escancaram o verdadeiro extermínio da juventude em curso, conduzido pelas forças reacionárias de repressão do Velho Estado. Assim como acontece em outras capitais urbanas (como o Rio de janeiro por exemplo) e no campo (exemplo da chacina de Pau d’arco). A politica de guerra de baixa intensidade contra o povo serve de combate ao levante popular e a juventude que resiste ao aumento gradual de seu extermínio, se levantando cada vez mais com rebelião, enfrentando todos os tipos de reacionários, desde pistoleiros armados no campo até os grupos de extermínios no centro urbanos.

Exemplo do aumento da reacionarização do estado são os crescentes números de mortes de jovens com idade entre 14 à 24 anos, mostrando a profunda decomposição do capitalismo burocrático. A entrevista do tenente-coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo, Comandante da Rota, enfatiza ainda mais essa afirmativa segundo o qual diz em entrevista “Se ele [PM] for abordar uma pessoa [na periferia] da mesma forma que ele for abordar uma pessoa aqui nos Jardins, ele vai ter dificuldade. Ele não vai ser respeitado […] Da mesma forma, se eu coloco um [policial] da periferia para lidar, falar da mesma forma, com a mesma linguagem que uma pessoa da periferia fala aqui no Jardins ele pode estar sendo grosseiro com uma pessoa do Jardins que está ali, andando”.

Tal declaração não contém nenhuma novidade, somente comprova o fato de que o papel da polícia é reprimir o povo, servir e proteger os ricos. Isso fica bem claro no depoimento do tenente-coronel, um convicto cão de guarda das classes dominantes que faz parte de uma das polícias mais sanguinárias e com as práticas mais fascistas do mundo.

Diante dessas condições, mães de jovens mortos pela intervenção da PM, se organizam para denunciar os crimes orquestrados por uma das instituições que mais mata no mundo. O coletivo Mães em Luto da Leste se organiza cobrando resposta das autoridades, denunciando através de relatos vivenciados na periferia, colocam em espaços públicos o extermínio de seus filhos pela polícia de Alckmin.

Tal situação só evidencia a clara agudização da guerra civil reacionária em nosso pais contra o povo. Não deixando outra alternativa as massas oprimidas, a não ser converter a guerra reacionária por guerra revolucionária, que conduzirá a humanidade para o luminoso mundo novo de libertação dos oprimidos, sem os jovens precisarem cair no “mundo” do tráfico para ter aquele estilo de vida que as músicas e os filmes yankees propagandeiam: o individualismo, o consumismo e a degeneração humana.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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