Foto: Banco de Dados AND
Os moradores da Vila Municipal de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, estão sofrendo ameaças de reintegração de posse pela prefeitura que tem à frente o reacionário Marcos Neves (PSDB). A decisão de despejo foi denunciada pelos moradores como arbitrária e ilegal, muitos dos quais estão na região há mais de 40 anos.
No dia 13 de abril, data marcada para a remoção coercitiva dos moradores, houve uma manifestação com fechamento da principal via da cidade. O ato também se direcionou até à frente da prefeitura de Carapicuíba e denunciou as mentiras da prefeitura. A prefeitura alega que o local é uma área de risco e que as casas devem ser postas à baixo, porém não apresenta qualquer prova concreta ou laudos que comprovem tal condição.
O jornal A Nova Democracia esteve presente no local e entrevistou moradores que denunciam de maneira contundente a ação criminosa da prefeitura de Carapicuíba.
“Como está essa pessoa arrasada, com sonhos jogados no lixo? O prefeito deveria ter vergonha! Porque emprego aqui você não acha, isso é o que ele devia ver: criar uma indústria pras pessoas terem um emprego digno. Não tirar o pessoal, destruir a vida da pessoa”, denunciou uma moradora.
Mentiras e ataques a direitos
A prefeitura prometeu entregar cerca de R$ 400 e disponibilizar um prédio público da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Nada disto foi entregue aos moradores, em comprovação das denúncias dos moradores de que a prefeitura mente e ataca o direito à moradia do povo. Os moradores estão se organizando e recentemente uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a reintegração para o dia 30 de junho. A “justiça” de Carapicuíba somente acatou após a pressão dos moradores faltando somente 6 horas para o início da retirada coercitiva dos moradores.
Mesmo com a liminar, a prefeitura de Carapicuíba, a mando de seu prefeito Marcos Neves, adiou a reintegração de posse para o próximo dia 25 de maio, como forma de burlar a decisão do STF. Apesar disso, o processo de despejo dos moradores ainda acontece, através de incursões da prefeitura na região para demolir casas e de incursões ostensivas da GCM para ameaçar moradores.
A alegação, totalmente infundada, de que o local seria uma área de risco para deslizamentos, é desmentida pelos próprios moradores que realizaram perícia do solo com técnicos e engenheiros especializados e nunca tiveram problemas com deslizamentos nos 40 anos que moram na região.
Povo segue resistindo!
A alegação, totalmente infundada, de que o local seria uma área de risco para deslizamentos, é desmentida pelos próprios moradores que realizaram perícia do solo com técnicos e engenheiros especializados e nunca tiveram problemas com deslizamentos nos 40 anos que moram na região.
Foto: Banco de Dados AND
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