Policial militar chuta mulher durante repressão, no centro de São Paulo. Foto: Reprodução twitter
Um policial militar agrediu uma mulher com uma rasteira e um chute, quando esta estava caída no chão, durante uma operação contra vendedores ambulantes no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, no dia 7 de outubro.
A Polícia Militar estava dando apoio a uma operação da subprefeitura da Sé contra os trabalhadores ambulantes da rua Formosa. Cansados da truculência e roubo de mercadorias praticado pelos fiscais da prefeitura, guardas e militares, os camelôs apoiados por populares reagiram e protestaram lançando objetos e pedras contra os seus opressores, obrigando estes a bater em retirada.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), vem há muito tempo imprimindo uma brutal repressão aos trabalhadores ambulantes. Para isso, contratou, em abril de 2019, 1.000 agentes de fiscalização para , segundo ele, “turbinar” o chamado “rapa”, que são batidas de surpresa com o objetivo de “apreender” mercadorias dos ambulantes.
Um fato curioso é que o esforço de combate ao trabalhador ambulante, não vem acompanhado de um plano de combate ao desemprego, pois é notório que o número de desempregados (mais de 28, 4 milhões de pessoas no país) tem correlação direta com o número de pessoas que recorrem ao trabalho informal para tentar sobreviver, uma vez que essas pessoas não conseguem empregos formais, muito menos com carteira assinada, e são obrigadas a trabalharem sem direitos trabalhistas e ficando expostas a todo tipo de riscos decorrentes de tal situação.