Servidores municipais de São Paulo realizaram um violento protesto em frente a Câmara Municipal, no centro da cidade, contra a “reforma” da Previdência proposta pela gestão Bruno Covas (PSDB), no dia 16 de dezembro. A medida antipovo elevará a alíquota de 11% para 14% para todos os servidores.
Os servidores pressionaram pela não votação do projeto draconiano. A repressão da Guarda Civil Metropolitana (GCM), do prefeito Bruno Covas, atirou com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, tentando encerrar à força o protesto. Os trabalhadores derrubaram um dos portões de acesso à casa legislativa e enfrentaram as tropas da GCM com pedras, garrafas de vidro e outros objetos.
Ao fim, o projeto foi aprovado na segunda votação. A primeira havia já sido realizada doa 22/12, também em meio a grandes protestos. Na ocasião, os funcionários públicos realizaram protestos dentro e fora da casa legislativa, e os ânimos se acirraram dentro do plenário, com empurra-empurra entre vereadores que apoiam a gestão de Covas e os que lhe fazem “oposição”.
O projeto, que precisava de 28 votos para ser aprovado, recebeu o total de 33 votos e agora está a disposição do prefeito para ser sancionado. Em resposta, os funcionários realizarão uma grande greve do funcionalismo a partir do dia 4 de fevereiro, que abrangerá os professores municipais.
O argumento dos trabalhadores é que, o tal “deficit da previdência municipal” poderia ser solucionado se houvesse menos dinheiro sendo destinado para a máfia dos transportes – onde o consórcio responsável recebe um enorme montante de dinheiro público e ainda assim cobra um preço absurdo pelo serviço – e para os dirigentes das Organizações Sociais (Oss).
Essa reforma, agora aprovada, era cobiçada por todos os gerentes municipais. Ela foi pautada pelo Haddad (PT), por Doria (PSDB), mas só agora conseguiu ser aprovada efetivamente, com Bruno Covas. (PSDB).