No dia 1º de setembro, os trabalhadores dos canteiros de obras da Linha 6 do metrô iniciaram uma combativa paralisação, interrompendo as obras em andamento. Os trabalhadores denunciam suas péssimas condições de trabalho e apresentam uma série de exigências, entre elas reajuste salarial e direito à alimentação. Os operários paralisaram totalmente três canteiros de obras: Morro Grande, Mackenzie e Vila Cardoso. Outros canteiros estão em paralisação parcial.
Os operários são subcontratados (um processo similar à terceirização) pela empresa espanhola Acciona, que comprou a Linha 6 através de um leilão ocorrido pela sua concessão. Os grevistas denunciam os baixos salários, péssima qualidade da comida servida pela empresa, falta de assistência médica e precarização do trabalho no geral.
As exigências são um aumento de 12% no salário, um adicional de 30% em detrimento da periculosidade de se trabalhar nos subterrâneos e poços, troca da cozinha, ticket-refeição, entre outras. Os trabalhadores chamam atenção também para o fato de que apenas a chefia das obras conta com convênio médico, enquanto os operários não, por isso exigem que recebam também o convênio.
Em contraste com a situação de precarização dos trabalhadores, a concessionária (que explora trabalhadores em outros 60 países) obteve o empréstimo de R$ 7 bilhões do BNDES, aprovado ainda no governo genocida de Bolsonaro (aliado de Tarcísio de Freitas, atual governador).
De acordo com denúncias, a empresa Acciona está respondendo a justa luta dos operários com chantagens e demissões. A empresa informou, no dia 4 de setembro, que apenas negociará com os trabalhadores se houver o retorno das atividades. Sem se intimidar, os operários seguem em luta e prosseguem a greve.