Após a decisão de que a montadora Ford, de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, fecharia as portas, os operários da fábrica se reuniram em protesto na manhã de 7 de março. A passeata saiu da sede do Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e foi até a praça da Matriz.
“Enquanto eles se reúnem lá, nós nos mobilizamos aqui. Não aceitaremos essa decisão unilateral da empresa, que vai deixar mais de 4 mil famílias sem emprego, além de impactar toda uma cadeia com mais de 15 mil postos de trabalho. Vamos nos manter unidos e em protesto até a Ford dizer que fica.”, disse, em nota, o secretário-geral do sindicato, Aroaldo Oliveira.
Uma comitiva da instituição ainda planeja se reunir com a direção mundial da Ford no USA, a fim de discutir o futuro dos funcionários. A expectativa é que 27 mil pessoas percam seus empregos (2,8 mil funcionários da Ford, 1,5 mil terceirizados, além de 22,5 mil de setores relacionados).
Os comerciantes do entorno da montadora afirmam já sentir os reflexos negativos do anúncio feito pela empresa.
Este fato faz recordar o peso do caráter semicolonial do país, cuja economia nacional, capitalista burocrática, é dominada pelas transnacionais, principalmente do USA; grandes empresas que migram ao país, retiram as matérias-primas e exploram a força de trabalho barata, com isenção fiscal e todo tipo de benesses do velho Estado.