Reproduzimos na íntegra a nota enviada por militantes da Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR) de São Paulo.
A Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR) vem a público denunciar as perseguições sofridas por companheiros, por parte de elementos a mando do gerente de turno do estado de São Paulo (Alckmin/PSDB), através de sua corrupta e violenta Polícia Militar.
Desde o surgimento da UV-LJR, como organização revolucionária de jovens, que sofremos perseguições e intimidações por parte da polícia e outros agentes do velho Estado por todo o país, porém uma situação particular tem acontecido nos últimos meses em São Paulo, sob o gerenciamento do PSDB/DEM. Temos sido alvos de seguimentos ostensivos, pessoas fotografando ativistas, P-2 em atividades políticas etc. Mais recentemente, um companheiro, jovem ativista revolucionário e firme apoiador da imprensa popular e democrática, sofreu uma tentativa de sequestro por homens encapuzados, ao sair da empresa em que trabalha no bairro da Cidade Líder, Zona Leste da capital. Ao escapar da emboscada, foi alvo de dois disparos de arma de fogo, dos quais, por sorte, escapou ileso. Nos dias seguintes, o mesmo carro esteve circundando locais que o mesmo frequenta e com pessoas de dentro do carro tirando fotos. Temos relato de carros seguirem até mesmo pais de nossos ativistas!
Porque nos atacam?
Como parte de sua política de extermínio e genocídio da juventude, principalmente pobre e negra da periferia, Alckmin pretende sufocar com terror e em sangue a justa rebeldia da juventude pobre. Segundo pesquisa recente do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP, apenas numa semana de 21 a 27 de Agosto em São Paulo, foram 15 mortes cometidas por policiais militares. Só perderam para as mortes por “desentendimento” (que inclui provavelmente grupos delinquentes). Isto para não falar nas que não entram na conta da PM, pois são praticadas por grupos de extermínio, quase que invariavelmente, ligados à corporação e com objetivos políticos sempre convergentes com a política de extermínio praticada pelo velho Estado.
Vejamos se não é assim: Esta mesma semana ocorreu o julgamento dos policiais envolvidos na maior chacina da história de SP, em que policiais assassinaram covardemente 17 pessoas da periferia. Pelo menos seis, como sempre, jovens pobres. O motivo teria sido ‘vingar a morte de um PM’, para isso elegeram como seu principal inimigo, o povo pobre. Isto não é por acaso. É parte da guerra civil reacionária levada a cabo pelo velho Estado contra o povo, em que se opõem suas decrépitas, corruptas e genocidas forças de repressão às massas desarmadas, oprimidas e em condições de miséria e sem chance de se defenderem. A despeito da consciência ou não dessa situação por parte dos pistoleiros urbanos, a política que os orienta é essa, pois o velho Estado brasileiro não tem outra alternativa para conter o crescente protesto popular, a crescente rebelião das massas, sua politização, organização e consequente radicalização nas suas formas de luta, em particular da sua juventude mais avançada – a juventude combatente. Por isso, dá cobertura material, moral e jurídica – vide a extinção do processo contra os responsáveis pelo massacre do Carandiru – à violência policial, seja ela a cotidiana praticada por policiais fardados, ou enquanto fazem seus ‘bicos’ trabalhando como grupos de extermínio.
As condenações pela chacina de Osasco e Barueri, que foi à júri popular, é em função da grande repercussão negativa para o Estado, porém podemos apenas observar os discursos do gerente Alckmin sempre que a PM entra em polêmicas quanto a seus abusos para ver que agradam e muito a seu patrão.
Prisões políticas e intimidação
Outra forma da política de Alckmin intimidar a juventude e tentar desencorajá-la para a luta, é através das conhecidas detenções em protestos. Porém este ano em particular, o gerenciamento estadual, juntamente com as FFAA, elevaram o nível da intimidação e, através de uma operação conjunta, prenderam e processaram jovens ativistas por protestarem contra Temer. Utilizando as chamadas ‘redes sociais’ para atrair pessoas críticas ao governo, aliados a um trabalho de inteligência e espionagem, fizeram as prisões políticas totalmente arbitrárias e sob falsas acusações. Tudo feito para botar medo e criminalizar a justa rebelião.
O que o velho Estado burguês-latifúndiário e seus gerentes locais Alckmin-Doria, mais temem, é essa massa sob justa direção revolucionária. Só podem fazer adiá-lo, no entanto! Não podem deter o vigoroso movimento revolucionário que se levanta no país e no mundo por varrer a velha sociedade e construir um novo e luminoso futuro!
Não nos intimidarão! Continuaremos organizando a juventude proletária e semiproletária urbana, desde suas escolas, locais de trabalho e moradia! Servindo ao povo, como vanguarda e reserva de choque da revolução democrática em nosso país e nas fileiras da revolução proletária mundial!
Viva a juventude combatente!
Abaixo as perseguições a mando de Alckmin/PSDB!
Abaixo a política de extermínio da juventude!
Rebelar-se é Justo!
Unidade Vermelha, Setembro 2017