Subterrâneos da Transformação

Publicamos abaixo o poema "Subterrâneos da Transformação", de Iná, enviado à Redação de AND.

Subterrâneos da Transformação

Publicamos abaixo o poema "Subterrâneos da Transformação", de Iná, enviado à Redação de AND.

Publicamos abaixo o poema “subterrâneos da transformação”, enviado para a Redação de AND pelo leitor Iná.

Será que uma largarta
No processo de sua transformação
Sente seu corpo quente?

Febre da metamorfose 
Sintoma de parto violento
Da mãe:
O adoecimento
Do que não pode mais viver dentro de nós
Parindo o novo
Como vulcões que emergem
Da agitação colossal
Da crosta terrestre
Potentes e brutais
Com ânsia de viver 
E expelir 
A angústia fervida
Que se gesta
Nos subterrâneos da vontade

Toda liberdade 
Começa subterrânea
Seja repentina
Desorganizada
No seio do povo ardente
Seja clandestina 
Organizada
Preparando forças pendentes
Seja 
Na flor da pele 
De pétala cutânea
Que desabrocha fervente
E irradia
Rios de magma 
Pelo corpo
Em afluentes
Fervilhando em revolta
Pela vida

Nas ruas e seus palácios
Estradas e latifúndios
Queima
O medo contaminado
Plantado
Por parasitas imundos

O fogo da violência
Das classes oprimidas
E o calor das multidões 
Aquecem 
O corpo de uma nação 
Febril para se transformar 

A lagarta 
Que contida 
Lenta rasteja 
Arranca sua camisa de força
E rompe seu casulo 
Em rebelião pela vida
Para com asas
Alçar vôo
Com os novos ventos da revolução

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