Dezenas de militantes comunistas suecos, durante uma Conferência de Unificação Maoista ocorrida no mês de novembro, aprovaram unanimamente impulsionar o processo de reconstituição do Partido Comunista da Suécia. No evento, noticiado pelo Kommunistiska Föreningen (Associação Comunista), os revolucionários levantam 15 princípios pelos quais devem-se guiar na reconstituição de um partido revolucionário do proletariado.
“Camaradas de diferentes partes do país [Suécia] realizaram recentemente uma única conferência. Foram realizadas discussões em grupo sobre um projeto de resolução. Os grupos propuseram o número de emendas ao projeto original votado. A conferência adotou por unanimidade a resolução”, afirmou a Associação.
A resolução inicia afirmando que “hoje não há Partido Comunista revolucionário na Suécia. Não há Partido Comunista vinculado à teoria revolucionária que começou com Marx, Engels e pela I Internacional, continuada com Lenin, Stalin, o Partido Bolchevique e a III Internacional e desenvolvida por Mao Tsetung e pelo Partido Comunista da China sob sua liderança, e prosseguida durante as guerras populares que estão acontecendo no mundo hoje na Índia, Peru, Turquia e Filipinas. Não há partido comunista ligado às tradições revolucionárias na Suécia”, assevera.
Os maoistas suecos propugnam que o Partido Comunista deve ser “um partido de quadros, composto por membros ativos”, e reconhecem que “sempre haverá contradições no Partido”. O grupo afirma também que “a luta de classes exigirá que o Partido seja constantemente capaz de discutir e desenvolver linhas de ação apropriadas”, o que significa que “o marxismo-leninismo-maoismo deve ser aplicado de maneira criadora às condições de hoje”.
Em um dos princípios adotados, os militantes maoistas afirmam que rejeitam “o caminho parlamentar pacífico para o socialismo”, e que “o aparato burguês deve ser esmagado por uma revolução armada e a ditadura do proletariado deve ser estabelecida”. Além disso, “o partido deve combinar métodos ilegais e legais o máximo possível para alcançar a máxima força de impacto” e para “proteger a grande maioria dos quadros do serviço de segurança do Estado burguês e dos fascistas”.