De acordo com o portal internacionalista Dem Volke Dienen, no último dia 24 de junho refugiados do campo de Tessin, na Suíça, divulgaram uma declaração ao público denunciando os abusos da Cruz Vermelha e as provocações do Estado suíço para com os imigrantes, que seriam expostos a condições absurdas de sobrevivência.
Nos campos, os refugiados recebem, por dias seguidos, alimentos estragados e fora da validade; convivem com infestações de percevejos, superlotações, falta de energia; mal-estar devido a altas temperaturas e má ventilação.
Além desses problemas, que violam o mais básico da dignidade humana, a Cruz Vermelha anunciou que os refugiados deveriam ficar fora do campo das 9h até as 18h. Enquanto isso, deveriam permanecer expostos ao sol, no ócio (devido à alta taxa de desemprego entre os imigrantes) durante o dia todo.
“Nós, refugiados, decidimos rejeitar este comando do cantão, porque sabemos que eles estão nos empurrando contra o muro: eles querem nos forçar a fazer algo extraordinário, para dar-lhes a oportunidade de nos expulsar da Suíça. Esta é apenas uma política suja destinada a refugiados civis e ameaçados perseguidos em seus países de origem”, denunciam os refugiados, segundo publicou o portal Dem Volke Dienen.
“Eles já nos colocaram em um estado de depressão. O que mais a Cruz Vermelha quer fazer conosco? Eles sempre encontram uma nova maneira de nos atormentar, criando obstáculos, leis e problemas desagradáveis. Eles ameaçaram chamar a polícia. Se o assédio é um crime, por que é permitido assediar refugiados na Suíça?”, complementam.