Cerca de 20 mil pessoas protestaram em Berna, na Suíça, para exigir pagamento igualitário para trabalhos iguais entre homens e mulheres. As trabalhadoras marcharam nas ruas contra o “sexismo e discriminação” e alertaram que estão preparadas para entrar em greve se suas exigências não forem atendidas.
As manifestantes criticaram o fato de as mulheres ganharem em média um quinto a menos do que ganham os homens e por fazerem a maior parte do trabalho não remunerado. O protesto exigiu do parlamento que aumente a fiscalização contra as empresas que se utilizam da política de baixar o salário feminino para baixar despesas com salários e extrair o lucro máximo.
A Suíça tem uma forte tradição de luta feminina por seus direitos democráticos, ao passo que tem também significativas tradições reacionárias por parte do regime e dos sucessivos governos. O país foi o último da Europa a estender o sufrágio às mulheres – concedido apenas em 1971, depois de grandes protestos para a conquista deste direito.
Grupos maoistas, com a bandeira do movimento turco na Europa, Partizans, foram avistados na multidão.
No parlamento, há já uma lei desde 1996 que obriga a paridade salarial, não sendo, no entanto, efetiva na sua aplicação por conta do caráter burguês do seu Estado, pois é uma necessidade da sociedade burguesa – onde domina a burguesia – manter a mulher submetida a uma opressão sexual para manter baixo o salário necessário a ser pago para a reprodução da força de trabalho do proletariado e elevar o contingente do exército industrial de reserva, que também faz baixar o salário médio.