Suzano ameaça 606 famílias com despejo no Maranhão

Comitê de Solidariedade à Luta pela Terra (Comsolute) e Coletivo da Campanha Contra a Violência no Campo (CCCVC) exigem suspensão da reintegração de posse e entrega das terras aos camponeses.

Suzano ameaça 606 famílias com despejo no Maranhão

Comitê de Solidariedade à Luta pela Terra (Comsolute) e Coletivo da Campanha Contra a Violência no Campo (CCCVC) exigem suspensão da reintegração de posse e entrega das terras aos camponeses.

Mais de 600 famílias estão ameaçadas de despejo nas comunidades maranhenses de Sapucaia, Traíra, Canaã, Palmeira e Jurema, segundo uma denúncia publicada no dia 1° de maio pelo Comitê de Solidariedade à Luta pela Terra (Comsolute) e pelo Coletivo da Campanha Contra a Violência no Campo (CCCVC). 

As comunidades ficam nos municípios de São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.

Segundo as informações, foi a mineradora Vale que começou com o processo de despejo, mas hoje a ação é continuada pela grande empresa de papel e celulose, Suzano S.A. O Judiciário está do lado dos latifundiários e reforçou a ordem de despejo no processo nº 0006132-51.2010.8.10.0040.  

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A Suzano deixou de apresentar uma série de informações sobre a terra e os camponeses em uma reunião preparatória na Vara Agrária de Imperatriz, organizada com a participação de representantes da grande mineradora, da Defensoria e do Ministério Públicos e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). 

“A empresa afirmou não ter interesse em vender a área e não apresentou levantamento detalhado das famílias impactadas, tampouco propostas reais de reassentamento rural. O INCRA declarou não dispor de terras disponíveis para realocação, e o ITERMA sequer conhece a área em litígio. As prefeituras envolvidas assumiram papel secundário, com reconhecimento explícito da falta de infraestrutura para acolher as centenas de famílias ameaçadas”, escreve o Comsolute, em nota.

Mesmo assim, o encontro culminou na definição de um prazo para desocupação voluntária até 25 de abril de 2025, com o dia D da expulsão marcada para 13 de maio de 2025. O Comsolute defende que há documentações técnicas e laudos sociais favoráveis aos posseiros, mas mesmo assim as instituições priorizam os interesses da multinacional com histórico de crimes sociais e ambientais.

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Os ativistas solidários do Comsolute e CCCVC exigem que o Incra regularize imediatamente a permanência das famílias que ocupam a área da antiga Fazenda Jurema, atualmente composta pelas comunidades. 

“Essas comunidades não estão sozinhas. Sua resistência é legítima, sua luta é justa — e é também a luta de milhares de camponeses e camponesas que seguem sendo expulsos de suas terras pelo avanço voraz da mineração e do latifúndio”, diz a nota, que exige a suspensão da reintegração de posse.

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