8 de janeiro
A afirmação de Hugo Motta é um aceno ao bolsonarismo. O que o presidente da Câmara quer é negar que houve sérias preparações e agitações para um golpe de Estado no Brasil, planejadas e aplicadas por um núcleo-duro militarizado que articulou a trama. Apesar do golpe não ter se consumado.
Houve ausências mesmo por parte da própria equipe governamental. As massas populares foram a ausência mais notável e importante no ato. Os setores mais ativos e conscientes das massas têm combatido as hordas de extrema-direita em outras frentes, como no campo.
Mensagens foram divulgadas depois da prisão de Forças Especiais que preparam plano de ruptura institucional em 2022. Militares queriam pressionar Alto Comando e também reclamaram da relutância de Bolsonaro em dar a ordem para o golpe.
A Polícia Federal prendeu cinco indivíduos, incluindo quatro militares do Exército e um policial federal, por envolvimento em um plano golpista que visava assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, em 2022. Batizada de "Contragolpe", a operação revelou documentos e mensagens que detalham o plano "Punhal Verde e Amarelo", liderado por militares ligados ao governo Bolsonaro. A investigação aponta que o grupo planejava criar uma crise institucional para instaurar uma ditadura militar com apoio de latifundiários e da direita militar.
Em suma, conciliar com o bolsonarismo na luta de classes é a segunda forma de anistiá-lo, de fato, e neste crime tomam parte todos os oportunistas, inclusive o governo federal.
Apesar de sobrarem elementos que comprovem envolvimento de Bolsonaro, Braga Netto e Augusto Heleno em plano golpista, PF não pedirá prisão de nenhum deles.
Os denunciados pela PGR Zambelli e Delgatti atuaram para questionar às urnas, tema que foi debatido por altos comandantes das Forças Armadas reacionárias.
É falso que somente fanáticos bolsonaristas tenham razão para criticar o STF. É um erro deixar para a extrema-direita a prioridade na crítica dessa instituição oligárquica e anti-povo.
Governo reuniu mais de 500 convidados, dentre eles integrantes da gestão, comandantes das FA e ministros do STF e do governo para um megaevento de conciliação reacionária sobre a questão do golpismo no País.
Ao contrário do que se imaginava, o atual governo, através do Ministério da Justiça, foi avisado no dia 5 de janeiro pela Força Nacional da possibilidade de “manifestações violentas” e “atentados políticos” no dia 08/01. Foi o que revelou hoje, em reportagem, o jornal monopolista Folha de SP.